No sábado, dia 23, chamados pela Associação Comunitária (ACBST) e o Movimento Salve Santa Tereza, moradores do bairro Santa Tereza se reuniram na porta do Mercado Distrital, à Rua São Gotardo, para um abraço simbólico em defesa da ADE (Área de Diretrizes Especiais de Santa Tereza).
O Abraço marcou o início da Campanha contra o Projeto de Lei (PL) 857, enviado pela prefeitura à Câmara para aprovação pelos vereadores.
As propostas visam acabar com determinadas normas de uso e ocupação de Santa Tereza, que se analisados vão trazer impactos para todo o bairro, como aumento da poluição sonora, do ar, aumento da perturbação do sossego, trânsito caótico, entre outros.
Aumentar as áreas para bares e comércios de 150m² para 400m²;
Passar algumas ruas residências também para uso comercial;
Liberar a instalação de empresas atacadistas de vários tipos, o que significa caminhões trafegando pelas ruas estreitas, causando engarrafamentos, poluição sonora e do ar e abalo na estrutura dos imóveis em processo de tombamento.
Alterações na área do Mercado Distrital, onde há uma escola, um Centro de Atendimento às pessoas com transtorno mental e centenas de residências.
Alterações propostas na área do Mercado Distrital
No quarteirão onde se localiza o Mercado Distrital ficam admitidas as seguintes atividades econômicas:
I — exploração de jogos de sinuca, bilhar e similares;
II — exploração de sanitários;
III — estacionamento de veículos;
IV — administração pública em geral;
V — comércio atacadista de produtos alimentícios;
VI — comércio atacadista de sementes, flores, plantas e gramas;
VII — comércio atacadista de produtos agrícolas in natura, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada.
Ficam dispensadas de observar a limitação de área prevista para o restante da ADE Santa Tereza as seguintes atividades econômicas:
I — centro de convenções;
II — gestão de espaços para exposição e feiras;
III — casa de shows e espetáculos;
IV — discotecas, danceterias, salões de dança e similares.”
Pedimos, via e-mail, à assessoria de comunicação da Prefeitura, na semana passada, uma entrevista com o prefeito Fuad Noman para que ele explicasse os benefícios do projeto de lei para o bairro. Até o momento não obtivemos resposta. Mas o espaço está aberto à prefeitura para se pronunciar.
