Austilista para cães, só em Santê - Santa Tereza Tem
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Austilista para cães, só em Santê

Ateliês de Santê: De máscaras para doação a roupas de luxo para cães, a história de sucesso de Claudia no mercado pet

*Reportagem de Marlyana Tavares

Quem aí já ouviu falar de estilista exclusiva para cães? Pois é, em Santa Tereza tem a Cláudia Soares Pires (nascida e criada no bairro) se intitula “austilista”, e faz roupinhas exclusivas para cães. Essa história começou na pandemia, quando ela começou a fazer máscaras para doação. Só que as máscaras foram ficando tão bonitas que ela conquistou clientes e fez o acessório até para festas, com brilhos e paetês.

Com o final da pandemia, Claudia, que já tinha aperfeiçoado bastante seu dom de costureira, passou a fazer reformas de roupa, até que chegou a Amora, sua cachorrinha da raça dachshunds, num momento de tristeza, após perder o pai por complicações da Covid.

 Amora foi uma alegria para a artesã, que teve a ideia de fazer uma roupinha para aquecê-la, no inverno de 2022. Fez outra para a irmã, três para uma vizinha veterinária que cuidava dos cachorrinhos internados. E, daí pra frente foi um pedido atrás do outro.

Cláudia com sua cãopanheira Amora

Das máscaras às roupas pet

Empreendedora, ela viu aí a chance de fazer algo que lhe dá prazer e de gerar renda dentro do mercado pet. E com razão, porque esse mercado é o sexto maior do mundo e em ascensão no Brasil, segundo o Instituto Pet Brasil.  Fato é que muitos tutores dos bichos de estimação, além de cuidar da saúde e higiene, investem em adereços e vestuário, para aquecer e para enfeitar.

Prova disso é a agenda da Claudia estar cheia de encomendas. Para as festas de final de ano, ela criou modelitos alusivos às datas, com motivos natalinos e roupinhas chiques para as festas.

 Agora com a chegada do Carnaval, as encomendas são de fantasias, especialmente para a raça Dachshund, que é de sua companheirinha, a Amora, que inspirou o começo dessa história. Sim, pois segundo Claudia, ela começou fazendo roupinhas para a Amora. “Não quero nem ver quando chegar o Carnaval”, antecipa Cláudia, já prevendo a alta produção que vem pela frente.

Roupas pra todo gosto

Cláudia faz parte do Clube dos Dachshunds de BH e região, o que fez suas vendas crescerem. Os integrantes do clube pets fazem festas temáticas e, lógico, encomendam os looks para enfeitar os “aumigos”. Entre os pedidos inusitados estão as fantasias de “aranha” e Harry Potter, para o halloween.  

Para março, já tem a encomenda de uma cliente, um vestido de gala para a cadela da família, acompanhar sua filha na entrada da festa de 15 anos. Aliás, uma tendência do mercado – os cachorrinhos de estimação participam das comemorações como figuras de destaque, principalmente em casamentos.

Mas a “ austilista” explica que não se limita aos dachshunds pois trabalha com medidas de cada animal (tórax, pescoço e comprimento do corpo) e assim costurar para qualquer raça e tamanho.  Já costurou para um pastor alemão uma vestimenta digna de um respeitável senhor. E primeiro vestidinho, um de festa junina, foi para Geleia, mascote do Santa Tereza Tem, que inclusive ganhou o concurso de fantasias.

De mãe para filha

Cláudia e sua mãe com quem aprendeu a arte da costura.

Cláudia conta que sabia costurar pouca coisa, ao contrário da mãe, que criou os filhos com a ajuda do ofício.  Então ela cresceu vendo a mãe, dona Petronília, costurar e até tinha sua própria máquina, dada pelo pai. “Só sabia costurar em linha reta”, conta Cláudia, que confessa nunca ter pensado em viver deste trabalho, como sua mãe.

Mas como a vida dá voltas, ela de certa forma está seguindo os passos da Dona Petronília, só que como austilista dos cães. Inclusive sua página no Instagram é @amoraautilista

A artesã faz as roupinhas e acessórios sob encomendas. Em breve, ela lança um novo produto, um peitoral que vai levar o nome do pet com a logomarca do clube dos dachshunds e outros peitorais personalizados. Encomendas pelo (31) 991961042 ou pelo Instagram onde há vários modelos.

**Marlyana Tavares é jornalista e colaboradora voluntária do Santa Tereza Tem. Trabalhou por muitos anos no jornal Estado de Minas, em várias editorias e principalmente no Caderno de Turismo, do qual foi editora.

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