Vandalismo destrói obra de arte na Silvianópolis - Santa Tereza Tem
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Vandalismo destrói obra de arte na Silvianópolis

Quem viu, viu, quem não viu não verá mais, pois um vândalo, sabe-se lá com que intenção, cobriu com tinta branca uma linda pintura, feita pelo artista português Martins Dinis, em uma porta de garagem à Rua Silvanópolis. A obra, motivo de uma reportagem feita por nós, retratava o casal imigrante português, José Miranda e sua esposa Idalina, que, no início do século XX, escolheu Santa Tereza para plantar raízes. Aqui, eles viveram, criaram os filhos e fizeram história.

As pinturas, pois há também trabalhos dos artistas de Santa Tereza, Ataíde Miranda Arthur Ribeiro e Antônio Castelo Branco, foram feitas no muro em frente ao lote aonde viveu Família Miranda, e, mostram também cenas da Santa Tereza antiga e da casa do casal. Os dois ficaram famosos pela hospitalidade, por abrigar outros imigrantes portugueses. Quem apagou a pintura principal mostrou seu pouco apreço à cultura e ao passado ao cobrir de branca parte dessa história.

No local será em breve construída uma vila portuguesa pelo neto de Idalina e José, Herbert Portugal Freire e essa porta de garagem faria parte da decoração do espaço. Herbert, que pagou para fazer as pinturas em homenagem aos avós, está revoltado. Ele comenta que “eu não consigo compreender um ato desse. Uma obra feita pelo artista Martim Dinis retratando minha avó e meu avô, que só deram amor e acolhimento para todos. Um ato tentando atingir nossa memória afetiva, a família de portugueses e o bairro Santa Tereza”.

Ele explica que “ao fazer a construção da vila no lote, pensei em dar aos moradores arte, ao invés de somente cimento e sujeira da obra. E a foi vandalizada era especial, feita em tinta a óleo na porta da garagem, que iria  ficar aplicada no muro detrás do imóvel, quando ficasse pronto. É lastimável”.

Idalina Portugal, irmã de Hebert, comenta que “estou indignada e triste com ser humano. O que fizeram é pura maldade. Meus Avós Idalina e José Portugal só fizeram o bem para todos, íntegros e acolhedores, não merecem.

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