Ateliês de Santê: Anjos de Filocre - Santa Tereza Tem
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Ateliês de Santê: Anjos de Filocre

Ateliês de Santê: Anjos de Filocre mostram a força de seu artesanato

Reportagem: Letícia Assis

Aqueles que pensam que aposentadoria é sinal de parar no tempo estão muito enganados.  Helena Filocre (57), ex-PM e atualmente artesã, é mais uma prova de que s aposentar não significa colocar as pernas para cima, isso é apenas opcional.

Aposentada da Polícia Militar, onde trabalhou por 30 anos, hoje a “Sargento Filocre” se ocupa com o artesanato, atividade muito diferente da que exerceu ao longo da vida.

Anjos de Filocre

Antes do artesanato, Helena conta que a rotina era corrida. “Há um contraste entre o que eu fazia e o que faço agora. Não tinha tempo para para os filhos e não os vi crescer. A polícia era 24 horas por dia. Agora estou mais calma e presente na vida deles. Até de vez em quando minha filha me da uma mãozinha. Aí peço pro meu filho também ajudar. Isso é gostoso”.

Filocre é autodidata. Após a reforma, ela buscou como preencher o tempo de forma prazerosa. Na banca da Praça de Santa Tereza, comprou revistas que ensinam costurar e procurou o que lhe agradava. “Antes não sabia pregar um botão. Aprendi tudo sozinha, no youtube ou então passo a passo. Comprei uma máquina de costura, comecei a fazer forrinhos americano. Fui despertando mais o interesse por essas coisas e não parei mais”.

Anjos de Filocre, um trabalho delicado

De terapia a negócio

O que começou como terapia, aos poucos virou um negócio. “Recebia os amigos e eles elogiavam: “Olha, que lindo”! Onde você comprou”? – “Não comprei, sou eu que faço”. A propaganda, segundo ela “é o boca a boca. É legal você ver a fisionomia da pessoa quando ganha uma peça sua, a alegria dela em receber algo diferenciado é gratificante”!

Alinha de produção é diversificada. São anjinhos em pedraria, para lembrança de nascimento, aniversários, primeira comunhão, batizado; porta guardanapo para casamento; cobre lanche e cobre jarra/copo; passadeiras de chitão; sousplat; divino espirito santo para portas; espátulas de mexer suco; forrinho para cinto de segurança; sabonete rosa de Marrocos, para perfumar o ambiente; porta garrafa e uma variedade de utensílios e adornos, que fazem toda diferença quando os temos em casa.

Produção variada, além dos anjos

Para conciliar o novo trabalho com as tarefas de casa e os filhos, Filocre dedica a manhã e a noite ao artesanato. A tarde dá mais atenção aos filhos. “A noite é a melhor para trabalhar, porque tá todo mundo dormindo, então foco mais. Às vezes fico até de madrugada acordada. Mas artesanato me faz bem. E receber os elogios melhora  a autoestima e me anima a produzir cada vez mais.”

Filocre e Santa Tereza

Moradora de Santa Tereza há 19 anos, Filocre fala que este é o melhor lugar para se morar em BH. “Aqui parece cidade de interior, porque, pensa bem… a relação entre as pessoas é diferente, não é como no Cidade Jardim, onde morava. Lá você não vê ninguém na praça, não vê vizinho conversando, não vê aquela gentileza. Aqui a gente sente esse calor humano”.

Antes de pandemia Helena participava de todas as feiras do bairro. Atualmente atende por encomenda. “É uma coisa que quase ninguém faz. São lembrancinhas diferenciadas e com um preço acessível. Para fazer encomenda é só entrar em contato”.

Quem quiser conferir de perto seus produtos e levar um mimo para casa, basta entrar em contato pelos telefones: (31) 9 8556-0377(oi) / (31) 9 9948-8406(vivo) / (31) 9 7306-7467(TIM). Ou pelo e-mail [email protected]

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