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Santa Tereza é um interiorzão

Rosane Megale mora desde criança em Santa Tereza, quando a família veio da cidade de Divinópolis para Belo Horizonte, especificamente Santa Tereza, Rua Itacolomito, 154. Em 1973, seu pai faleceu e sua mãe, Ana Lúcia, adquiriu uma casa bem antiga na mesma rua, onde vivem até hoje. 

Rosane conta que no imóvel havia uma placa com a data da construção, 1948 e que em um dia de chuva forte, o telhado não suportou e cedeu. Então sua mãe decidiu que era hora de fazer uma reforma. Nessa reforma foram feitas mudanças na fachada e no interior do imóvel.

Rosana comenta que “se na época da reforma eu fosse mais velha não teria deixado mudar tanto. Lembro que a casa era rosa e havia três janelas de madeira arredondadas, que foram trocadas por outras de vidro. As portas internas tinham o formato arredondado e ligavam um quarto ao outro. O portão branco era baixo e com o mesmo formato, assim como o muro e a escada, que era de vermelhão. A gente passava cera vermelha e escovão, ficava lindo e brilhando”.

E ela emenda, “mas eu só tinha nove anos. A gente mais nova não dava valor a essas coisas antigas. Poderia ter reformado, colocado laje, mas deixado do jeito que era. Aqui na rua acho que só uma casa igual à construção original”.

A casa de Rosane atualmente

A mãe de Rosana, Ana Lúcia, era frequentadora assídua da Igreja de Santa Tereza. Rosene relembra que nessa época “depois do almoço eu subia a rua com mamãe e meu filho pequeno e, enquanto ela fazia as oficinas no salão paroquial, eu ficava aproveitando a Praça. Depois íamos comer pastel e tomar caldo de cana. Agora tá difícil, pois mamãe está acamada. Mas as pessoas da igreja não se esquecem dela, sempre ligam pra saber notícias e mandam folhetos, que ela lê com atenção. Aqui é assim todo mundo se conhece”.

Rosane exclama: “gente, sou apaixonada por isso aqui, não tem lugar melhor pra morar que em Santa Tereza. Ainda mais nesse ponto, onde tem supermercado perto, ônibus pra todo lado na Avenida Silviano Brandão, perto do centro. Aqui é um interiorzão. Não pretendo nunca sair daqui. Infelizmente, essa casa é de herdeiros e um dia será vendida. Mas tenho fé em Deus que ainda compro uma casa por aqui”.

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