Jay Vaquer e sua música em BH - Santa Tereza Tem
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Jay Vaquer e sua música em BH

Tinha que engravidar, criar, envelhecer, morrer… Como todos esperavam!
Tinha que renunciar, agradar, obedecer, vencer… Como todos desejavam!” (Longe Daqui)

E eles têm escravos disfarçados de assalariados
diariamente humilhados
se levantam cedo, se arrumam apressados
tem hora marcada pra falar com Deus” (Cotidiano de um casal feliz)

Jay Vaquer, cantor e compositor carioca, traz a Belo Horizonte sua música carregada de muito ritmo e versos de amor, rebeldia e situações cotidianas que refletem na vida das pessoas, pedem uma nossa atitude diante delas e nos faz pensar. Será um super show no Undergroud Black Pub com músicas de todos os seus trabalhos lançados, no dia 15 de fevereiro. E nos dias 16 e 17, a apresentação do musical Cazas de Cazuza, no CCBB BH, dentro do evento Rock 40.

Com 20 anos de carreira e 10 álbuns lançados, Jay Vaquer, ficou, como todos os artistas, sem apresentar nesse período de pandemia e, portanto, não vê a hora de subir ao palco e mostrar presencialmente ao público sua música, uma mistura bem-feita de rock, pop, hip hop e MBP.  No show, ele vai apresentar músicas de todos os trabalhos lançados, muitos pela primeira vez na cidade”. 

Em 2009 lançou um DVD (também editado em CD) ao vivo, de show gravado no Vivo Rio para um público de 4 mil pessoas.  Em 2011 lançou seu 6º CD – “Umbigobunker!?” – produzido pelo premiado Moogie Canázio, que teve a participação especial de Maria Gadú na canção “Do Nada, me Jogaram aos Leões”.  O trabalho foi indicado ao Grammy Latino 2012 como um dos discos mais bem produzidos do ano, em toda a América Latina.

 Apesar disso ele comenta que “muita gente ainda desconhece meu trabalho, apesar de duas décadas de estrada. Só consegui trazer um show meu pra BH em 2010. Aproveitei que estarei na cidade, devido ao musical do Cazuza, e marquei a apresentação, apesar de três adversidades: pouco tempo pra divulgar, o fato de ser numa terça, dificultando um tanto de estudantes e trabalhadores de comparecer, e claro, a pandemia. Encarar o show dependendo de bilheteria é insano, mas ok… meu primeiro CD, de 2000 se chama “Nem tão são”, comenta ele rindo.

 Bem-humorado ao perguntarmos sua idade, ele retrucou que “a minha idade é “vivo”. A outra que eu poderia ter é morto. Mas tenho 46”. Filho de Jane Duboc, começou na música na infância, gravando jingles e por influência familiar. Mas, ele ressalta que “a música é mais uma ferramenta de expressão. Sou um criador e gosto de me manifestar também através do teatro e cinema”.

Influência da vida

Apesar da influência de vários mestres da música, Jay criou um estilo próprio. “Tenho Influência de tudo e todos, o tempo todo. Da vida e até do que não gosto, pois me faz evitar percorrer determinados caminhos. Essas Influências são espontâneas e seu resultado nunca é consciente e deliberado”, observa.

Esse período de pandemia ele diz não ter sido fácil e aproveita o tempo para novos desafios.  “Fiz alguns shows sem plateia com transmissão pela internet e aproveitei para fechar o roteiro, dirigir o elenco pelo “zoom” e presencialmente e filmar uma série que atualmente estou montando em casa”.

Claro que vinda a BH, ele não poderia deixar de comentar sobre os 50 anos do Clube da Esquina. “Aprendi a amar com minha mãe esses grandes artistas e as canções tão belas e ricas melódicas e poeticamente . Milton, tive a honra de tê-lo na plateia de meus shows algumas vezes. Muito louco cantar, olhando pra ele ali sentado.  É o Milton, pô!  Ele já cantou uma música minha num CD de minha mãe e Toninho Horta já tocou música minha também. Quanta honra!

Cazas de Cazuza

Escrito e dirigido por Rodrigo Pitta, “Cazas de Cazuza” chamou atenção por apresentar uma genuína e pioneira “ópera-rock” nacional com arranjos e textos inéditos, que ousava transformar canções de rock emblemáticas em um musical “estilo Broadway”.

 Em dois atos, o musical mostra a história de oito personagens, que vivem no Baixo Leblon, no Rio de Janeiro, abordando temas como preconceito, sexo, drogas, amor e desemprego presentes nas 20 músicas de Cazuza, entre elas “O Tempo não para”, “Pro Dia nascer Feliz”, “Um Trem para as Estrelas”, “Codinome Beija-Flor”, “Ideologia”, “Bete Balanço” e “Brasil”.

Jay esteve com o musical “Cazas de Cazuza”, no Palácio das Artes em 2000, quando participava do elenco fazendo o personagem “Justo Grinberg”.  Na versão atual, ele está na direção e produção. “É um espetáculo potente com um elenco incrível. Muita gente talentosa reunida para apresentar um texto forte, sensível e defendendo uma penca de belíssimas canções que Cazuza nos deixou com arranjos muito bonitos. Pra quem curte Teatro Musical, é um programa imperdível”, observa o artista.

“Nosso Cazuza é um grande poeta e precisa ser estudado e apreciado por futuras gerações. Sua obra é extraordinária. Em tão pouco tempo de vida, nos deixou um vasto repertório de qualidade e valor. As canções de natureza política seguem incrivelmente atuais e as que falam da condição humana, não perderão força com o tempo. São eternas.  O musical não fala sobre a vida de Cazuza, vai além dele. Não é uma biografia, mas quem for acaba captando muito do universo de onde aquilo nasceu”, ressalta Jay.

Serviço
Show no Jay Vaquer
Dia 15 de fevereiro
Underground Black Pub
Av. Itaú, 540 – Dom Cabral
Telefone: (31) 3375-7735
Ingressos disponíveis pelo www.sympla.com.br
Abertura da casa: 19:00
Show: 20:30

Espetáculo musical Cazas de Cazuza
Local CCBB-BH – Circuito Liberdade
Dia 16 e 17 de fevereiro – 20h
Classificação: 14 anos
Ingressos: 15 e 30 pela plataforma eventin
É bom comprar com antecedência.

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