Um resumo da história do Mercado de Santa Tereza - Santa Tereza Tem
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Um resumo da história do Mercado de Santa Tereza

1974 – Inauguração com 99 pontos de venda. O mercado viveu seu apogeu nos anos 1970 e 1980.

1990 – desse ano em diante, os moradores de Santa Tereza assistiram a uma operação de desmontagem do espaço pela Prefeitura que não renovava os contratos dos permissionários, à medida em que iam vencendo.

 2007 – Fechamento definitivo.

Muro do Mercado

2008 a 2012 – A partir desta data a prefeitura quis instalar a guarda municipal, que foi rejeitado pela comunidade por meio de plebiscito. Teve ainda o concurso pela internet para apresentação de projetos de ocupação, que também não deu em nada. O Mercado continuou fechado, sendo usado como quarto de despejo pela prefeitura.

2013 – O então prefeito Márcio Lacerda entregou, sem consulta prévia à comunidade, o espaço para a Federação da Indústrias de Minas Gerais, para instalar de uma escola profissionalizante para o setor automotivo, atendendo à Fiat Automóveis.

Assembleia do Movimento Salve Santa Tereza na porta do Mercado em 2013

A comunidade ficou dividida uns aprovando para resolver logo a ocupação do espaço e outros preocupados com os diversos impactos negativos que iria trazer ao bairro e especialmente por infringir a ADE, área de Diretrizes Especiais de Santa Tereza. Volta o Movimento Salve Santa Tereza de defesa da ADE, que nesse período busca recuperar o Mercado para a comunidade por meio de manifestações, assembleias, audiência pública, idas ao Ministério Público e abaixo-assinados.

Coleta de assinaturas do abaixo-assinado na Praça Duque de Caxias em 2014

2015 – Tombamento do Mercado pela Diretoria de Patrimônio Histórico. A FIEMG desiste do Mercado e retira-se. O local volta a ser “quarto de despejo” da prefeitura. A partir desta saída a parte externa passa a receber atividades em sua área externa como o Mercado Verde + Vivo, as Feiras de Artesanato, Festival de Música, entre outros eventos.

Feira de artesanato no Mercado

2016 – O Coletivo Mercado Verde + Vivo (formado por uma rede ampla de entidades, a Associação Comunitária do Bairro, o Movimento Salve Santa Tereza e várias organizações ligadas à agroecologia, à economia solidária, à cultura e ao artesanato) começa a montar um projeto de ocupação do Mercado, baseado nas sugestões recolhidas em pesquisa junto aos moradores.

2017 – O projeto é apresentado ao recém-empossado prefeito Kalil, que se dispôs a ceder o mercado, desde que, dentro de um ano, o grupo apresentasse uma proposta com viabilidade econômica. Durante o ano o projeto foi montado com colaboração do Sebrae.

Reunião do Coletivo Mercado Verde + Vivo com o prefeito Kalil para apresentação do projeto em 2017

O projeto
Dentro deste projeto os segmentos de produtos e serviços seriam os seguintes:

Comercial: duas grandes lojas, uma de produtos agroecológicos e uma de artesanato; um supermercado de médio porte; e 54 boxes para venda de produtos diversos;

Serviços: caixas eletrônicos, correios, farmácia, casa lotérica, dentre outros;

Lazer e convivência: cafés, restaurantes e lanchonetes, espaço para atividades físicas, além da praça aberta de livre acesso.

Educação/formação cultural: espaços multiuso para abrigar cursos e oficinas, bem como eventos corporativos ou terceirizados.

Artes: espaço destinado às apresentações artístico-culturais e exposições de arte em geral. Nesse ambiente será abrigado também o Polo de Circo do Mercado, com área para ensaios, apresentações e oficinas circenses.

Gastronomia: espaço para criação de cozinha coletiva, possibilitando a participação de chefs do bairro e de moradores com suas receitas tradicionais.

Além disso a gestão do espaço seria compartilhada entre gestores, permissionários e comunidade, a ser formalizada na constituição da organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que faria a gestão profissionalizada do espaço. Isto para garantir que todos os espaços fossem ocupados considerando aspectos financeiros e mercadológicos, mas também zelando também pelos aspectos técnicos, sociais e culturais.

Mercado Distrital de Santa Tereza e entorno

2018 – No início do ano, o Coletivo Mercado Verde + Vivo tenta reapresentar a proposta final ao prefeito Alexandre Kalil, que informa não poder atender à demanda, pois iria abrir licitação para privatização de todos os mercados distritais da cidade.

2019 – Em 14 de novembro é votado e aprovado em primeiro turno, pela Câmara Municipal, o PL 747/2019.
 A história, com idas e vindas e participação da comunidade, chega até aqui. Agora é aguardar o que reserva o futuro para o Mercado. Sendo aprovado o PL 747, que garante ao executivo a concessão do espaço ao setor privado, resta saber qual grupo empresarial irá participar da licitação e vencer a concorrência. Espera-se, que o projeto a ser apresentado respeite as característica do bairro e os interesses dos moradores.

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