Mercado continuará sendo mercado - Santa Tereza Tem
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Mercado continuará sendo mercado

Mercado continuará sendo mercado, garante Elias Tergilene, empresário do consórcio permissionário

Parece que a novela do Mercado Distrital de Santa Tereza está chegando nos capítulos próximos do final. Claro que ainda tem água pra rolar por debaixo da ponte, mas já está caminhando.

Hoje, dia 20 de agosto, durante Audiência Pública Virtual na Câmara dos Vereadores, solicitada pelo vereador Arnaldo Godoy, o representante do Consórcio vencedor da Licitação de Concessão do espaço público, Elias Tergilene falou sobre sua proposta para o Mercado.

O empresário assumiu publicamente, que sua intenção é fazer do lugar realmente um mercado com produtos da agroecologia, preservando suas características culturais e de manter um diálogo com a comunidade de Santa Tereza, respeitando as diretrizes do Edital.

“Pensamos em ter uma área para gastronomia, área da agricultura familiar, do artesanato e apresentações culturais. O que temos em Santa Tereza para privilegiar e o que precisamos buscar de fora para agregar. O Mercado não é um shopping, é um lugar característico de uma região. Por isso preciso da ajuda de vocês de Santa Tereza”, afirmou Elias Tergilene.

Segundo o empresário é impossível ter um mercado sem a participação das pessoas da locais e pediu ajuda, no caso, ao Movimento Salve Santa Tereza e a Associação Comunitária do Bairro (ACBST) colaborem nisso.  Um primeiro passo seria organizar um encontro com representantes dos coletivos de agroecologia, artesãos, ceramistas e artistas para estudar a participação de cada grupo.

Abertura rápida

Como a reforma interior do local deve durar 18 meses, Elias Tergilene propôs que a área externa já comece a ser utilizada, após reforma dos banheiros e limpeza geral. No caso seria para organizar feiras nos mesmos moldes do Mercado Verde + Vivo, no estacionamento até que a parte interna seja revitalizada.

 Outra ideia do empresário, que vai ao encontro do projeto arquitetônico apresentado pelo Movimento Salve Santa Tereza à Prefeitura há dois anos, é a retirada dos muros, pois segundo ele “quero que o mercado vire uma grande praça aberta, um jardim de Santa Tereza”.

Mercado – área externa

Participação da comunidade

Brígida Alvim, representante do Movimento Salve Santa Tereza na Audiência, considerou positivo o encontro.  “Foi muito bom para dar conhecimento e relembrar concessionários, os vereadores, a prefeitura e a sociedade, que a luta pela permanência do Mercado sempre foi coletiva e da comunidade, que não permitiu que fosse dado outro uso a ele. Com o desfecho da concessão vamos continuar batalhando para que as diretrizes do Edital, que foram construídas em conjunto com o Mercado Vivo + Verde,, a ACBST e a Prefeitura, dentro do desejo e vocação da comunidade, sejam respeitadas”.

Brígida prossegue dizendo que a intenção da concessionária dialogar com a comunidade e de uma gestão compartilhada também atende a uma proposta do movimento. Para isso será criado um Comitê Participativo do Mercado, em 45 dias, que deve convocar os setores da comunidade para participar.

Temos muito trabalho pela frente para que o Mercado dê certo
Brígida Alvim do Salve Santa Tereza – “Temos muito trabalho pela frente para que o Mercado dê certo”

“Temos muito trabalho pela frente para que o Mercado dê certo. É o que todos queremos e tanto os desafios e os benefícios têm de ser compartilhados. É um equipamento público que queremos resgatar juntos”, afirma Brígida.

Também para Pedro Barros, presidente da ACBST a reunião mostrou que os empresários Tergilene e Bernard Siríaco Martins, vice-presidente da Fundação Doimo, que faz parte do Consórcio, mostraram que querem trabalhar em conjunto com a comunidade e garantiram que vão seguir os princípios do Edital destinado a agroecologia e a cultura.

“Agora vamos entrar em contato com eles para discutir a formatação do mercado.  A questão é até que ponto vamos ter influência de decisão, se vai ser apenas uma consulta figurativa ou se vamos ter realmente voz e ação. Se não tiver teremos que recorrer a outras instâncias como o poder legislativo e o poder judiciário” diz Pedro Barros.

Característica do edital do Mercado a serem seguidas

A área a ser concedida para gestão, reforma, requalificação, e manutenção do Mercado Distrital de Santa Tereza, com 12.706,08m² e que está localizada à Rua São Gotardo, 273 –
A concessão do espaço é por 25 anos.

Funções típicas de mercado que deverão ser obedecidas:
São funções típicas de mercados, sem prejuízo de outras semelhantes:
i. Contribuir para o abastecimento da cidade;
ii. Oferecer à população produtos da cesta básica e hortifrutigranjeiros de qualidade;
iii. Contribuir com a regulação do mercado de abastecimento em termos de qualidade, preço e disponibilidade;
iv. difundir a cultura culinária de Minas Gerais;
v. Comercializar artesanato que represente a diversidade cultural mineira e belo-horizontina; vi. Ser uma referência de lazer e cultura na cidade;
vii. Oferecer opções de alimentos orgânicos e agroecológicos para a população;
 viii. Contribuir para a comercialização de alimentos, orgânicos e agroecológicos, in natura e processados, oriundos de assentamentos da reforma agrária, da produção regional e realizada em áreas urbanas e periurbanas, fortalecendo as rotas curtas de comercialização;
ix. Contribuir para a comercialização de produtos provenientes de grupos que se organizam pelos princípios da Economia Solidária;
 x. ofertar à população alimentos com certificação de origem; xi. Contribuir para o desenvolvimento territorial, social, local e regional;

Histórico sobre o Mercado Distrital de Santa Tereza

Pra quem não viu a Audiência Pública

Audiência Pública: Ocupação dos mercados municipais do Santa Tereza e Padre Eustáquio

Audiência Pública: Ocupação dos mercados municipais do Santa Tereza e Padre Eustáquio

Posted by Arnaldo Godoy on Thursday, August 20, 2020

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