Durante a reunião do Consep 20, no dia 3 de fevereiro, no 16º Batalhão da PMMG, em Santa Tereza, um dos temas mais debatidos foi a questão do barulho excessivo provocado por alguns estabelecimentos instalados no bairro e seus frequentadores.
O assunto foi discutido com a Polícia Militar, representada pelo Ten. Fabiano e com a diretora da Associação Comunitária do Bairro Santa Tereza, Flávia Julião. Esteve também presente Fernando Santana, presidente do MAMBH (Movimento das Associações de Moradores de BH), que falou sobre a experiência no Bairro de Lourdes, cujos moradores enfrentavam o mesmo problema.
Moradores próximos à Rua Conselheiro Rocha, onde fica o Planeta Gol, mais uma vez denunciaram e pediram providências à PM e à fiscalização da prefeitura, para encontrar uma solução para os eventos realizados no local, especialmente no fim de semana. Segundo relataram o público aglomera na saída, já de madrugada, onde conversam alto, discutem, aceleram os carros e motos, tirando o sossego e direito ao sono de quem vive ali.
Outro ponto do bairro, que levantou denúncias foi o Alto dos Piolhos, onde segundo os moradores os bares disputam quem vai colocar o som mais alto, além também da aglomeração das pessoas na rua até altas horas e do lixo, especialmente garrafas, espalhado pela região.
A diretora da Associação (ACBST), Flávia Julião, explicou que a ACBST já encaminhou ao Ministério Público uma solicitação para que seja feito um encontro com os proprietários dos estabelecimentos e assinado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). “Estamos aguardando um retorno do Ministério Público a nossa solicitação”. Este, segundo ela, é um trabalho conjunto. Não é só a polícia, não é só a Associação, não é só a prefeitura, mas todos juntos com a comunidade e os donos dos bares”.
Flávia argumentou que “não adianta fechar bar. Fecha um hoje, abre outro amanhã. Além disso, os bares geram renda e emprego. É preciso então estabelecer normas, para uma solução definitiva, que atenda os comerciantes, os clientes e a comunidade”.
No que concordou o Ten. Fabiano, pois, segundo ele o objetivo não é fechar bares, mas resolver a questão do barulho. Ele explicou que a PM não tem o poder de fiscalização, que é uma área de atuação da prefeitura. Se houver um crime no local aí já é caso de a polícia intervir.
Durante a reunião foi lembrando que o proprietário do Planeta Gol, Ibiraci do Carmo, havia prometido em um encontro na Polícia Militar resolver o incômodo provocado pelas festas no local. Conversamos com ele para saber, porque então as reclamações continuam.
Ibiraci do Carmo, o Bira, nos relatou que o Planeta Gol atualmente é uma casa de eventos. Ele explica que “já fizemos o revestimento acústico para que o barulho interno não incomode a vizinhança. Quanto ao movimento de carros na rua, já aprovamos na prefeitura e BHTrans, uma garagem dentro do espaço para 120 veículos com manobrista, evitando o estacionamento na rua. Também a aglomeração do público está sendo resolvida, pois teremos uma área interna para que as pessoas aguardem a retirados carros pelo manobrista e saiam de forma gradativa. O que pedimos é o prazo de dois a três meses para que nos adequemos, pois é de nosso interesse ter uma boa convivência com comunidade”.
