Música de Santê: Maell di Santê e seu violão - Santa Tereza Tem
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Música de Santê: Maell di Santê e seu violão

Música de Santê: Maell di Santê, seu violão e seu boné

Personagem presente na noite e na boemia de Santa Tereza, sempre acompanhado de seu violão e o boné na cabeça, Ismael Santos, o Maell di Santê faz parte de um grupo especial do bairro, os músicos e artistas. Além disso, ele é daqueles que têm orgulho de dizer que “sou nascido e criado em Santa Tereza”.

Maell di Santê

Autodidata e músico profissional há mais de 25 anos, Maell sempre gostou de música, pois convivia direto com o pai e o tio, que tocavam violão. Ele mesmo até aos 16 anos nunca havia tocado nada, apenas escutava e cantava. Ele conta que um belo dia resolveu aprender sozinho e com a ajuda de um amigo, que emprestava o instrumento, começou pela música evangélica.

“Meu pai dificilmente tocava em casa, mas num fim de semana qualquer, meu tio chegou com um violão, eu peguei e toquei. Meu pai ficou surpreso, pois não sabia que eu tocava. Foi nesse dia que ele me falou que a única coisa que eu deveria fazer para tocar é decorar os acordes e me mostrou alguns”. Esse foi um fato marcante em sua vida: “Nunca me esqueci desse dia”.  

Ele relembra que até os 22 anos não tinha violão, mas sempre arrumava um emprestado e que deixou a música evangélica de lado para tocar MPB, principalmente Belchior, Zé Ramalho e Milton Nascimento, que foram e são suas grandes inspirações. “Posso dizer que comecei a pensar em tocar profissionalmente depois de uma roda de viola daqui do bairro. Foi na época da primeira reforma da Praça Duque de Caxias. Tinha um pessoal daqui da região tocando, o Paulo Marcio, o Mário da banda Chevette Hatch, o Leandro da banda chamada General Custer e se não me engano até o Lô Borges. Cada hora um tocava e chegou a minha vez. Toquei três musicas, todos gostaram muito e alguém me falou que eu tinha talento, que podia tocar profissionalmente  e foi a partir dai que comecei”, relembrou Mael.

O artista também contou que no começo de carreira participou de um festival de música que aconteceu no clube da antiga Telemig de Santa Tereza, hoje Clube Oi,  e que uma canção, com música dele e letra do amigo Alexandre Moreira foi campeã. “Infelizmente não tenho isso gravado, mas lembro que na época fiquei mais empolgado ainda com relação a ser músico. Foi um incentivo e depois disso segui em frente e nunca mais parei de tocar”, disse. 

O porquê de Maell

Com relação ao seu nome artístico, ele disse que sempre teve esse apelido, mas que adotou o nome Mael de Santê por causa de um amigo. “Fui apresentar na Savassi e um mês antes havia espalhado vários cartazes com o nome Ismael Santos para divulgar meu show. Para minha surpresa não foi quase ninguém. Aí um amigo me alertou e disse que eu deveria usar meu apelido, pois era mais conhecido por ele. Então foi que comecei a usar esse Maell”.

Com um repertório de MPB, samba, forró e anos 80, hoje em dia Mael dá preferência para tocar em bares do bairro e região, pois o custo para ir fora da daqui é alto, sendo que o valor ganho é o mesmo, “então prefiro ficar por aqui mesmo”.

O bairro

Apaixonado pelo bairro, ele nasceu em uma casa na Rua Paraisópolis e nunca saiu do bairro. Para ele Santa Tereza é a cidade mais próxima de Belo Horizonte. “Hoje moro em outra casa, mas na mesma rua em que nasci, então minha história de vida está toda aqui. Quem conhece Santê dificilmente não se apaixona. Ainda é o bairro da boemia que está resistindo, pois estão querendo acabar com isso, existem várias restrições, não pode por mesa na calçada, não pode tocar até tarde, o show tem que começar cedo e acabar cedo, mas continuo na luta, fazendo minha música e sempre vou lembrar que foi esse bairro que me tornou músico”.

Para que quiser contratar ou acompanhar a agenda de shows de Mael, é só seguir as redes sociais @aelldisante e Facebook /maelldesante ou chamara pelo whatsapp (31) 998347080.

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