Letícia Assis
Chinelos é um item indispensável para o conforto dos pés de para qualquer pessoa. É difícil encontrar alguém que não curta chegar em casa e logo calçar seu chinelinho. Baseada nisso a empreendedora Daiene Cristina Soares, 32 anos, acertou em cheio ao investir nesse nicho de mercado.
Natural de Patos de Minas e moradora de Santa Tereza, há 14 anos, não estava satisfeita com o salário que recebia do em seu antigo emprego. Então resolveu começar a decorar chinelos para ganhar um “trocado” a mais.
Ela conta que quem lhe deu o empurrãozinho inicial foi sua madrasta. “Ela tem uma facilidade com trabalhos manuais e me perguntou por que eu não mexia com isso também. De primeira falei que não, mas depois pensei e vi que seria uma boa”, conta, ao falar de como iniciou seu negócio.
O que começou como um teste, fazendo primeiro para a mãe e alguns familiares, foi ganhando força e crescendo. Ao perceber que os chinelos decorados estavam fazendo sucesso, Daiene começou a estudar sobre mercado e fabricação, até investir e criar sua própria marca. “Foi quando conversei com meu superior no trabalho e pedi para ele me mandar embora. Com o acerto que recebi investi em maquinários e matéria prima e nunca mais parei”.
Hoje, Daiene é proprietária e criadora da marca Papuca (chinelo em eslavo), que utiliza capachos de vinil como matéria prima na produção de até mil pares de chinelos por mês Ela conta com a ajuda do marido Álvaro apenas nas partes mais difíceis, que é com o corte dos moldes e para manusear o maquinário na hora de fazer as formas.
Para ter qualidade em seu negócio e abrir novas portas, está sempre participando de feiras de artesanato que acontecem pelo Brasil, como forma de trocar experiências e conhecer novos produtos e materiais, além de ter uma parceria com a FIEMG.
A marca Papuca possui o selo de Certificação do Sistema de Gestão, oferecida pelo IQS (Instituto de Qualidade Sustentável), que avalia e reconhecer a qualidade da gestão do empreendimento. “O IQS é um projeto de qualificação para pequenos artesãos. Tudo que é prejudicial ao ambiente não é usado na produção. Por isso temos esse selo”, explica a artesã, ao falar que toda sobra dos moldes dos chinelos são reutilizados ou revendidos para outras finalidades.
Para incrementar as vendas e valorizar a marca, a Papuca também produz toalhas, bolsas de praia e escalda pés e kits para datas especiais, como Dia das Mães e Natal.
Há quatro anos no mercado, Daiene pretende conquistar novos clientes e ampliar os negócios. Atualmente atende sete lojas, em BH, Uberlândia e Divinópolis e pretende inserir sua marca no mercado digital, através do e-commerce e exportar seus produtos.
A ousadia da artesã em criar seu próprio negócio melhorou a sua vida. “Hoje eu tenho uma melhor qualidade de vida, principalmente na convivência e cuidados com meu filho, porque ele sempre ficou em escola integral, e depois que sai do emprego tive mais tempo pra ficar com ele”.
Para quem quiser conhecer esse novo estilo de chinelo e a Papuca, basta entrar na página do facebook em fazer em contato pelo número (31) 3043-6469.