Antes do carnaval, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) lançou a campanha “No Bloco da Saúde só vai com camisinha”, que teve como objetivo estimular o uso da camisinha como forma de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis. Agora, o objetivo é trabalhar a segunda fase da campanha que visa sensibilizar a população sobre a necessidade de se fazer a testagem rápida de HIV/Aids, hepatite, sífilis, além de outras IST’s nas Unidades de Saúde e nos Centros de Testagem, principalmente aquele folião ou foliã que se expôs a alguma situação de risco durante o carnaval e agora o slogan é: “A pior ressaca é não saber: se você não se preveniu no carnaval. Faça o teste de HIV”.
É considerado um comportamento de risco para infecção aquele praticado por qualquer pessoa que tenha relação sexual sem o uso de preservativos, ou que compartilhe seringas e agulhas, ou reutilize objetos perfurantes ou cortantes com a presença de sangue ou fluídos contaminados. “O ideal é realizar os testes rápidos 30 dias após sexo inseguro ou algum outro comportamento de risco. Quanto mais precoce o diagnóstico melhor, porque a pessoa pode ter acesso mais rápido aos serviços de saúde, entrar em tratamento, e ficar menos tempo exposta ao vírus. Isso melhora a qualidade de vida e a resposta ao tratamento”, explica a Coordenadora do programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), Aids e Hepatites Virais da SES-MG, Jordana Costa.
Confira a lista com a relação dos centros de aconselhamento e testagem (CTA) de Belo Horizonte e Região Metropolitana e Interior de Minas Gerais no site: www.saude.mg.gov.br/sexoseguro
“São exames cuja metodologia permite a detecção de anticorpos em menos de 30 minutos, possuem baixo custo operacional, são altamente sensíveis e específicos e de simples aplicação, manuseio e interpretação. Os testes rápidos para a Sífilis, assim como os testes rápidos para as Hepatites B e C são exames de triagem sorológica, ou seja, há necessidade de exames laboratoriais complementares para o diagnóstico. No caso do teste rápido de HIV, o mesmo define o diagnóstico” explica Jordana Costa.
Durante o carnaval, a SES-MG promoveu a campanha “No Bloco da Saúde só vai com camisinha”. Levou para os blocos de rua informações e ações de conscientização para reforçar a importância do uso do preservativo para a prevenção de HIV/Aids, hepatites, sífilis, além de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s).
Nos dia 25 a 28 de fevereiro aconteceram ações promocionais com o projeto “Itatiaia no Ponto” nas cidades de Itabirito, Ouro Preto, Sabará, Tiradentes, Santa Luzia, São João Del Rey, Abaeté, Congonhas, Lagoa da Prata e Bonfim. Com o apoio do Jornal Super, uma blitz educativa ajudou a animar e conscientizar os foliões de 22 blocos de rua do carnaval de BH. Foram distribuindo flyer com orientações educativas de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) e preservativos para os foliões.
A SES-MG distribuiu também 5.123.952 unidades de preservativos masculinos para as regionais de saúde, organizações civis e serviços credenciados.
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação.
O Ministério da Saúde recomenda aos órgãos que trabalham com saúde pública e saúde coletiva o uso da nomenclatura “IST” (infecções sexualmente transmissíveis) no lugar de “DST” (doenças sexualmente transmissíveis). A denominação ‘D’, de ‘DST’, vem de doença, que implica em sintomas e sinais visíveis no organismo do indivíduo. Já as ‘Infecções’ podem ter períodos assintomáticos, ou se mantém assintomáticas durante toda a vida do indivíduo, como são os casos da infecção pelo HPV e o vírus do Herpes, detectadas por meio de exames laboratoriais. O termo IST é mais adequado e já é utilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Por Juliana Gutierrez, Secretaria de Estado de Saúde – SES-MG.