Na Assembleia geral da Associação Comunitária do Bairro Santa Tereza (ACBST), na noite de segunda, 20/2, moradores discutiram assuntos de interesse do bairro, como carnaval, saúde, segurança e proteção ao patrimônio.
Quanto ao Carnaval no bairro, João Bosco Alves Queiroz, presidente da Associação, informou que a Polícia Militar e a Belotur definiram que novamente deverá ser seguida a orientação do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que restringe horários e locais de concentração para desfile de blocos.
Emitido pelo Ministério Público em 2014 e mantido nos anos seguintes, a pedido de um grupo de moradores, o TAC determina que os desfiles de blocos no bairro Santa Tereza devem ocorrer durante o dia, tendo horário limite para parar o som às 18h e fazer a dispersão até 19h. Também determina que as praças Duque de Caxias e a Ernesto Tassini não devem ser usadas como local de concentração ou finalização de blocos, para evitar aglomeração nesses espaços.
“Mais uma vez, desde 2014, defendemos que a programação dos blocos pudesse ir até às 20h, conforme o desejo da maioria dos moradores demonstrado nas assembleias, que fizemos em 2014 e 2015. Mas este ano a questão não foi aberta para discussão e o comandante do 16º Batalhão admitiu reavaliar para o próximo ano. Então, para este ano, devemos acatar e exigir dos órgãos públicos responsáveis a devida estrutura necessária e segurança dos moradores durante os dias de Carnaval”, disse João Bosco, tendo a concordância dos presentes.
Mercado de Santa Tereza
Os temas ocupação do Mercado de Santa Tereza e a ameaça das torres da PHV (construtora pretende construir megaempreendimento comercial na Rua Conselheiro Rocha, próximo à Estação de Metrô Santa Efigênia, ainda nos perímetros do bairro) foram apresentados pela integrante do Movimento Salve Santa Tereza, Maria Guiomar Frota, professora doutora em Ciências Sociais.
Ela expôs que o coletivo Mercado Vivo + Verde, uma rede que une movimentos sociais e moradores do bairro, organizou grupos de trabalho que estão buscando parcerias e discutindo formas viáveis de reativar o Mercado de Santa Tereza sem a ajuda financeira da Prefeitura. Ela convidou quem tiver interesse nessas questões para participar das assembleias do movimento, realizadas todas as segundas, às 19:30, na Praça Duque de Caxias, Santa Tereza.
Participação e encaminhamentos finais
Na palavra aberta aos participantes, cerca de 50 moradores, a ACBST recebeu várias sugestões de melhoria para o bairro. “É preciso ampliar as medidas de segurança para além do entorno da Praça. Outras regiões como a rua em que eu moro, a Formosa, que está abaixo da Salinas ficam desatendidas, sem câmeras de monitoramento e sem reforço policial. Também temos que pensar em formas de levantar recursos para a associação ter um site, uma comunicação mais abrangente”, sugeriu Neuma Rodrigues, professora e moradora de Santa Tereza.
“Foi muito boa a reunião e a participação da comunidade. Nós moradores temos que agir para melhorar o bairro, ser agentes de mudança, sair da zona de conforto de só criticar pelas redes sociais . Vamos manter este compromisso, todos juntos transformamos”, diz Teresa Staccioli, moradora e coordenadora da Catequese Infantil da Paróquia de Santa Teresa e Santa Teresinha, que faz parte da atual diretoria da Associação Comunitária do Bairro (ACBST).
A ACBST anunciou os seguintes encaminhamentos: mobilização dos alunos da escola EMPLO e do Colégio Tiradentes para o próximo mutirão do Mercado (de manutenção da horta e outros cuidados com o espaço); foi constituída uma comissão de cinco moradores para acompanhar o presidente em reunião com a prefeitura sobre a reforma do Centro de Saúde Horto, na Rua Anhanguera; encaminhar à Polícia Militar e à Regional da PBH, por escrito, as demandas sobre novos pontos de câmeras de segurança e fiscalização de estacionamento na Rua Salinas.
A próxima assembleia está prevista para a última segunda-feira de março, dia 27, no MIS Cine Santa Tereza (a confirmar).
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