O projeto Cine Diverso é uma iniciativa da Comissão LGBT da Fundação Municipal de Cultura, que promove a interlocução entre a política cultural e os movimentos em prol dos direitos e cidadania LGBT. Nesta sexta, o filme exibido é Meu nome é Jacque, com sessão comentada por Anyky Lima (Travesti, presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual (Cellos) e representante da Associação Nacional de Travestis e Transexuais – Antra).
Meu nome é Jacque (Ângela Zoé|Brasil|2016|80 min)
Classificação indicativa: 14 anos
O documentário “Meu Nome é Jacque” aborda a diversidade por meio da história e a vida de Jacqueline Rocha Côrtes, uma mulher transexual, portadora do vírus da aids, que precisou e que ainda precisa superar grandes obstáculos para viver sua vida da melhor forma possível, quebrando paradigmas e derrubando preconceitos.
Militante pela causa, Jacque tem a vida marcada por lutas e conquistas, chegando a trabalhar como representante do governo brasileiro e na Organização das Nações Unidas.
Hoje casada e mãe de dois filhos, mora numa pequena cidade, levando uma vida voltada para a maternidade, a família e a espiritualidade. Ao acompanhar o cotidiano de Jacque hoje e revisitar sua trajetória, este documentário apresenta, pouco a pouco, os inúmeros desafios que foram rompidos por este rico personagem, levantando uma reflexão sobre o preconceito, a homolesbotransfobia e essencialização das pessoas e de suas características.
O principal ponto do filme é a própria figura da biografada. Jacqueline é espontânea, extrovertida, detentora de senso crítico sobre o mundo que a cerca. O discurso que poderia enveredar pelo vitimismo ganha ares de diário íntimo bem-humorado ( Informações: Adoro Cinema)