Três exposições do Museu Histórico Abílio Barreto (Avenida Prudente de Morais, 202, bairro Cidade Jardim) estão chegando ao final do prazo de exibição, ficando em cartaz somente até o dia 8 de maio. A mostra “Encontro e Esquinas: histórias do bairro Santa Tereza”, é uma delas, exibindo a história do tradicional bairro em plotagem de fotos, textos e documentos.
A exposição “Encontro e Esquinas: histórias do bairro Santa Tereza” retrata a trajetória do bairro localizado na região Leste de Belo Horizonte, cuja história data de fins do século XIX. Famoso pelos bares, praças, blocos carnavalescos, pelos ateliês de cerâmica e artes plásticas e ponto de encontro de músicos da cidade.
O bairro se tornou com o passar do tempo referência na cidade e no país como espaço tradicional e palco de numerosas manifestações culturais, principalmente por ser o berço do movimento musical, Clube da Esquina.
Na exposição são retratados lugares conhecidos como a Praça Duque de Caxias, Igreja Matriz Santa Tereza e Hospital Cícero Ferreira, também chamado de Hospital do Isolado, que recebia pacientes com doenças infectocontagiosas.
Uma curiosidade exposta é o “caderno de “fiado” do Armazém Montanhez, mais conhecido pelos moradores da época como o Armazém do Carlito, de propriedade de Carlos Montanari, uma das famílias de imigrantes italianos, pioneira no bairro. O caderno de contabilidade, datado de 1930 a 1047, foi encontrado por Marcelo Belarávia, quando fez a reforma do imóvel, situado na esquina das ruas Silvianópolis com Divinópolis, para instalar a Santa Pizza. Ele conta que “quando fizemos a reforma da casa, encontramos um caderno, em que ele anotava os “fiados” dos fregueses. Emprestamos o livro ao Museu Histórico Abílio Barreto para esta exposição. Quando a exposição terminar, ele fará parte da ambientação do Armazém Monatanari, que inauguramos no mês de abril”.
Outras exposições
A mostra “Pinacoteca MHAB”, destaca sempre um quadro do acervo do Museu. Nessa mostra o destaque é a obra do artista ítalo-brasileiro Amadeo Lorenzato, onde retrata casas e elementos da paisagem, reduzindo-os a formas básicas e linhas essenciais. Sob uma visibilidade própria, esses elementos formais estão distribuídos à sua maneira, de forma aparentemente equilibrada. É uma pintura breve, cujos pigmentos contrastam-se de forma forte e expressiva, tudo isso realçado pela experimentação do pente arranhando o suporte.
A visitação é gratuita e as mostras podem ser conferidas nas terças, sextas, sábados e domingos, das 10h às 17h, e às quartas e quintas, das 10h às 21h.
A outra exposição é “Peça em Destaque”, que apresenta uma leiteira doada ao museu pela família de Raul Tassini, em 1992. Datada do século XX, foi fabricada em louça branca e ornada com a imagem de uma gueixa em seus trajes tradicionais. A figura da cultura japonesa foi retratada juntamente com elementos florais e fitomorfos, que caracterizam o japonismo, tendência marcante nas primeiras décadas do século XX no Brasil. Trata-se de objeto delicado, possivelmente utilizado nos cafés da tarde, hábito usual entre as famílias mineiras.
Serviço
Exposição no Museu Histórico Abílio Barreto
Avenida Prudente de Morais, 202, bairro Cidade Jardim
Data e horários: até 8 de maio, às terças, sextas, sábados e domingos, das 10h às 17h, e às quartas e quintas, das 10h às 21h.
Entrada franca