Uma triste notícia na noite de sexta-feira, a partida do compositor, integrante do Clube da Esquina, Fernando Brant. Há três anos. ele lutava contra um câncer de fígado, mas não resistiu depois de se submeter a um transplante do órgão, no Hospital das Clinicas.
O velório começou às 9h30 no Palácio das Artes e o sepultamento, será às 16h30, de hoje, no cemitério do Bonfim.
Mineiro da cidade de Caldas, Fernando Rocha Brant, viveu por lá até aos cinco anos, quando a família se transferiu para Diamantina. Aos 10 anos veio para Belo Horizonte, onde estudou Direito e nessa época, comecinho da década de 60, encontro Milton Nascimento, que rendeu, além da amizade, várias canções, incluindo a primeira delas, a linda “Travessia”, que se classificou em segundo lugar no II Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro. Travessia impulsionou a carreira de Milton como cantor e a de Fernando, como letrista, já que esta foi a sua primeira criação.
A partir daí, muitas outras canções vieram em parceria com Milton, mas também com Lô Borges, Tavinho Moura, Toninho Horta e outros integrantes do que veio a ser o importante movimento musical mineiro, o Clube da Esquina. Músicas que foram imortalizadas por Milton, Elis Regina e muitos outros cantores. Músicas que serão eternamente lembradas como parte da juventude brasileira, que viveu das décadas de 60 e 70 e pelas gerações que chegaram depois. Entre as mais de 200 canções estão “Sentinela”, “San Vicente”, “Saudade dos Aviões da Panair (Conversando no Bar)”, “Ponta de Areia”, “Maria, Maria”, “Para Lennon e McCartney”, “Canção da América”, “Itamarandiba”,“Nos Bailes da Vida”, “Entradas e Bandeiras” e tantas outras.
Informações e fotos retiradas do site do Museu Clube da Esquina. Saiba mais sobre Fernando Brant no link do Museu do Clube da Esquina
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Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero
Todos os dias é um vai e vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida…