Caminhar pelas ruas de Santa Tereza, observando suas casas e sua gente, sempre nos mostra coisas inusitadas e bem incomuns, que dão o toque diferenciado ao bairro. Um exemplo é ver uma criança parada, olhar com atenção um pequeno besouro (se é que é um besouro), escalando o tronco de uma árvore na Rua Mármore.
“É muito interessante este inseto diferente, aqui na rua. A gente não costuma ver isso, assim em cidade grande. Mas que inseto é este?”. Assim foi o comentário o garoto Lucas Cavalcanti, 9 anos, morador da Rua Mármore, quando voltava do Colégio Tiradentes, ao de parar-se com o inseto da foto, subindo na árvore em frente sua casa.
Lucas tem razão. É realmente incomum ver uma criaturinha como essa, em plena luz do dia, em meio ao barulho do trânsito e das pessoas, caminhar tranquilamente. Mas, chamou minha atenção, não só o inseto, mas o fato de Lucas ter parado para apreciá-lo e, mais ainda, sua mãe, Viviane, deixá-lo ficar ali, um bom tempo, estudando a criaturinha, nesses tempos em que todo mundo tem pressa de chegar.
O pai de Lucas, Gladston Vieira, depois de morar fora por um bom tempo, voltou a Santa Tereza, para cuidar da saúde. Assim, a família está residindo no bairro há dois anos e Lucas e seu irmãozinho se adaptaram rápido ao modo de vida do bairro. Sua mão Viviane, Consultora Ambiental, conta que ele tem carinho especial pelos animais e pela natureza e coleciona sementes e folhas, recolhidas das árvores das ruas. Mas ele responde rápido e sério, quando perguntado se quer ser biólogo:” não, vou ser é cientista.”
Mas a nossa ignorância sobre o inseto continua. Se algum biólogo puder nos dizer que ser é este, de casca bege e olhos verdes, mataria a nossa curiosidade.
Coisas de Santê! Que inseto é este? Alguém sabe?