Mostra de Cinema Japonês

Mostra de Cinema Japonês exibe clássicos no Cine Humberto Mauro

Para quem aprecia o cinema japonês ou quer conhecer um pouco mais sobre os grandes diretores daquele país, o Cine Humberto Mauro apresenta a parte inicial de uma revisão da produção cinematográfica japonesa com a Mostra de Cinema Japonês – Parte 1, que acontece de 6 a 26 de março.

Contos da Lua Vaga

Durante a mostra, fruto de uma parceria entre a Fundação Clóvis Salgado, a Fundação Japão e o Consulado Honorário do Japão em Belo Horizonte, o público poderá conferir exibições, em formato película, de filmes como Era uma vez em Tóquio, de Yasuhiro Ozu, Contos da Lua Vaga, de Kenji Mizoguchi, A luta solitária, de Akira Kurosawa e Desejo profano, de Shôei Imamura.

Para este primeiro momento, o foco principal são filmes das décadas de 1950 e 1960, época gloriosa para o cinema do Japão, em que o movimento cultural pós 2ª Guerra Mundial reflete na produção cinematográfica, em diálogo com o ocidente.

Tratando de questões absolutamente tradicionais e específicas da cultura do país de uma maneira universal, tanto no modo de fazer os filmes quanto nas temáticas abordadas, esta abertura do cinema nipônico para o mundo acompanha o processo de reconstrução do país.

Yasuhiro Ozu

Diretor Yasuhiro Ozu

Nos dias 7 e 8 de março, a programação da mostra homenageia o diretor Yasuhiro Ozu que, em seus filmes, sai de uma lógica de ação muito presente nas produções ocidentais.

Ele produz um cinema contemplativo, com foco no ordinário, no sujeito comum, mostrando uma resignação com o mundo. Serão exibidos: Filho único, Pai e filha, Era uma vez em Tóquio, Fim de verão e A rotina tem seu encanto.

Kenji Mizoguchi

Nestes dois dias, o público poderá acompanhar: Oharu – vida de uma cortesã, Contos da Lua Vaga, A música de Gion, O intendente de Sansho, Os amantes crucificados e A nova saga do clã Tairã.

As exibições são dedicadas a Kenji Mizoguchi em 10 e 11 de março. Ao retratar os núcleos familiares e os rituais cotidianos e domésticos da sociedade japonesa da época em seus filmes, o cineasta parte da tradição oriental para abordar questões universais.