O presidente do Conselho Municipal de Patrimônio, Leônidas Oliveira, ao receber o “livrão”, com o abaixo assinado, solicitando abertura de processo de proteção do conjunto arquitetônico e urbanístico de Santa Tereza, reconheceu a importância histórica do bairro.  “Agradeço a presença dos moradores do bairro e por trazerem este assunto ao Conselho. Sabemos da importância de Santa Tereza para a cidade e podem ter certeza que nós do Conselho iremos avaliar a questão com o cuidado que merece, nos próximos meses”.

Durante a entrega feita por uma comissão do Movimento Salve Santa Tereza, Rafael Barros, morador do bairro e também conselheiro do Conselho Municipal de Patrimônio, denunciou o risco de se perder exemplares únicos de edificações do início do século passado em decorrência da forte especulação mobiliária a que o bairro vem sendo submetido.  Isto, segundo Rafael “é um risco iminente de descaracterização do bairro e perda irreversível do patrimônio cultural da cidade.”.

Junto com o abaixo assinado foi entregue também o resumo da pesquisa “Bairros Históricos de BH – Santa Tereza” desenvolvida pelo programa de pós-graduação em Ciência Sociais da PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais) em parceria com a Diretoria de Patrimônio de Belo Horizonte, em 2010. Rafael explicou que a solicitação dos moradores de abertura do processo de proteção está pautada nas conclusões desse estudo.

O vereador Arnaldo Godoy (PT), que também faz parte do Conselho, como representante da Câmara Municipal, lembrou a promessa feita pela presidente da casa, vereador Léo Burguês, durante entrega de abaixo assinado, ontem, de que não irá colocar o projeto do executivo da Operação Urbana Consorciada/Nova BH em votação este ano.