Santa Tereza: o talento musical de Everton Rodrigues - Santa Tereza Tem
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Santa Tereza: o talento musical de Everton Rodrigues

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Santa Tereza tem tradição em abrigar artistas dos mais variados, mas provavelmente os músicos sejam os mais lembrados. O jovem contrabaixista Everton Rodrigues é mais um dos músicos residentes no bairro. Formado emComposição Musical pela UFMG e vencedor do prêmio BDMG Jovem Instrumentista 2009, o músico nos recebeu para uma conversa rápida.

Atualmente Everton está envolvido em dois projetos. A bandaDerivassons tem uma abordagem experimental e autoral; além disso, Everton participa da banda do artista Nego Henrique, com um som inspirado no samba e no samba-rock. Mas isso não é tudo: o músico também aceita trabalhos freelance, integrando grupos para apresentações em festas, aniversários e casamentos.

Tanta atividade não parece ser suficiente para ele, que ainda se desdobra como produtor musical. “No âmbito da produção, mexo desde os arranjos até na escolha do estúdio e dos músicos que irão gravar. Belo Horizonte tem muitos estúdios, nos mais variados níveis, indo de espaços ultra-profissionais até estúdios mais baratos. E hoje em dia está cada vez mais fácil arrumar o material para gravar em casa”, afirma ele. “A vantagem de se gravar em casa é que muda a dinâmica do trabalho: você tem todo o tempo que precisar, vai estar mais envolvido em todas as etapas da gravação. Isso é bom”, conclui.

Paulista, Everton mora em Santa Tereza há sete anos. “Meu pai foi chamado para trabalhar em BH e minha mãe se apaixonou com o bairro. A praça [Duque de Caxias] lembra uma praça que ficava na Frequesia do Ó, perto da nossa casa em São Paulo. O ambiente do bairro é muito gostoso e nos conquistou”. Ele reconhece que o bairro já abrigou músicos que alcançaram o sucesso em suas carreiras: Clube da Esquina, Skank, Sepultura.

Além da arte e da música, Everton parece bem inteirado com outra característica do bairro: a boemia. “Passei o carnaval na cidade e gostei muito. Fui aos blocos na praça [Duque de Caxias], na Parada do Cardoso, fui ao Manjericão. Acho que esse ano houve um crescimento maior do que os organizadores dos blocos e a prefeitura previam, o que se refletiu em alguns vazios na programação do carnaval e também em problemas na estrutura”, avalia, considerando que o bairro recebeu muito bem a folia. “Tenho muitos amigos em vários blocos. Quem sabe ano que vem a gente não monta mais um bloco no bairro?”, divaga.

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