“Bom demais. Nem me lembro da última vez que brinquei de bambolê. Moro na Rua Salinas com Paraisópolis na mesma casa onde nasci. Então no meu tempo de menina, não havia movimento e a meninada toda ia pra rua brincar de bambolê. Quem não tinha dinheiro, como eu, fabricava o seu. Eu fazia de arame grosso e o que importava era bambolear e eu era boa nisso.” Assim Vilma Augusta, 70 anos, explica sua agilidade no bambolê, durante o 3º Encontro de Bambolistico de Belo Horizonte, na Praça Duque de Caxias, neste domingo.
Assim como ela, os frequentadores da Praça, crianças e adultos, aproveitaram a manhã de sol para se atualizar ou aprender a arte de bambolear. O encontro foi promovido pelo Bamboarte BH, que procura resgatar a antiga brincadeira do bambolê. Nath Sol e Bianca Apolinário são as responsáveis pela Bamboarte BH, com sede no bairro Sion, e pela realização dos encontros. Segundo Nath Sol, que desde criança é uma apaixonada pelo bambolê, conta que ela e sua amiga Bianca, perceberam que havia uma demanda pelo aprendizado e a prática da brincadeira. Assim criaram a Bomboarte BH, que além de ensinar, também produz aros customizados.
Os encontros são realizados uma vez por mês de forma itinerante, a cada vez em uma praça diferentes, onde promovem oficinas gratuitas de iniciação e realização de truques com o bambolê. No caso da Praça Duque de Caxias, Nath explica que “a escolha de Santa Tereza para essa edição, é devido ao grande número de crianças que frequentam o local. É uma forma de resgatar as brincadeiras nas praças de Belo Horizonte”.
