Quando o espaço público invade o espaço privado e vice-versa - Santa Tereza Tem
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Quando o espaço público invade o espaço privado e vice-versa

Por Marco Antonio Vale

Na semana passada, a Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana da Câmara Municipal de Belo Horizonte se reuniu para discutir a utilização de espaços públicos para eventos populares e proteção das Áreas de Diretrizes Especiais (ADEs). Dois pontos importantes foram as reclamações feitas pelos moradores da Rua Sapucaí e arredores, no bairro Floresta e o projeto de lei que impede modificações nos perímetros das ADEs. De acordo com Beth Sily, Presidente da Associação de Moradores do bairro Floresta, os eventos têm causado barulho, impedimento do trânsito e depredação do patrimônio.

Mapa da ADE

Quem mora no Santa Tereza próximo à rua Pouso Alegre e no bairro Sagrada Família, sabe muito bem o que estar ao lado de um local usado para eventos, que causam barulho, depredação e até violência. Todo final de semana, goste ou não de futebol, somos forçados a ouvir os jogos e temer as consequências das rivalidades entre os times.

Para nós do Santa Tereza, que conta com a proteção da ADE, o projeto de lei 2344/12, de autoria do vereador Sérgio Fernando (PV) é de extrema importância. Isto porque propõe que as Áreas de Diretrizes Especiais (ADEs) não possam ser diminuídas por leis posteriores. O projeto cita a verticalização da Pampulha como um exemplo da abertura de precedentes para a diminuição da proteção de áreas históricas e de preservação ambiental.

O Santa Tereza é um bairro que consegue conciliar sua história e cultura com a utilização do espaço público pelo povo, ao mesmo tempo em que é uma área protegida por lei. É o progresso com sustentabilidade, avançando sem perder a tradição.

Por outro lado, deve-se pensar no benefício ao público geral. É claro que se forem realizados eventos em espaços públicos, todas as medidas de segurança e viabilização do trânsito devem ser tomadas, assim como acatamento das leis com relação ao barulho. No entanto, shows, peças e afins realizados em praças, ruas e parques são essenciais para o lazer do belo-horizontino. Especialmente aqueles que não têm os fundos necessários para irem a outros lugares. Uma das vantagens da nossa cidade é a proliferação de eventos públicos de graça ou a preços módicos e isso não deve parar. É preciso achar um custo-benefício

 

 

 

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Fonte: Câmara Municipal de Belo Horizonte

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