Depois de 30 anos da demarcação de suas terras, a alma e a própria existência Yanomami seguem gravemente ameaçadas em meio a uma nova onda de invasão garimpeira, que avançou 46% em 2021, segundo o relatório Yanomami sob ataque, da Hutukara Associação Yanomami.
Davi Kopenawa Yanomami, um dos principais porta-vozes dos Yanomami na defesa dos direitos dos indígenas – segue denunciando as agressões e violências sofridas por esses povos, situando a defesa da humanidade como caminho e finalidade de suas ações.
Nesta quarta-feira, 29, às 19h, o Espaço do Conhecimento UFMG realiza a roda de conversa Davi Kopenawa Yanomami: vida e resistência na terra indígena Yanomami, com moderação do professor Ruben Caixeta (UFMG), participação de Rogério do Pateo (UFMG) e da antropóloga Ana Maria Machado. Aberto ao público, o evento acontece no 5º andar do Espaço do Conhecimento UFMG (sujeito a lotação por ordem de chegada).
Davi Kopenawa Yanomami vive na Aldeia Watoriki, Terra Indígena Yanomami, no estado do Amazonas, próximo à fronteira com a Venezuela. Ele é xamã, reconhecido internacionalmente como embaixador do seu povo — um dos mais expressivos grupos de povos indígenas relativamente isolados que vivem na Floresta Amazônica — e voz ativa contra a destruição da floresta e de seus habitantes. Ele também é um dos curadores da exposição Mundos Indígenas, ao lado de Joseca Yanomami.
No Espaço do Conhecimento UFMG, os modos de viver, de saber e de cuidar dos povos Yanomami, Ye’kwana, Maxakali, Pataxoop e Xakriabá são apresentados na exposição Mundos Indígenas desde 2019. A exposição segue aberta à visitação gratuita no museu de terça à domingo, de 10h às 17h (sábado de 10h às 21h). Confira no vídeo da série Visita Virtual à Exposição Mundos Indígenas, um pouco do mundo Yanomami a partir do conceito “Në Ropë”, proposto pelos curadores.
De acordo com o IBGE (Censo 2010) vivem hoje no Brasil 305 povos indígenas, que falam 274 línguas distintas. A população é de 896.917 pessoas, sendo que 324.834 moram nas cidades e 572.083 em aldeias de Norte a Sul do país. Dentre esses povos indígenas estão os Yanomami, que vêm sofrendo violações de direitos humanos, desmatamento, aumento de casos de malária e de outras doenças, violência, agressões e ameaças. Essas conclusões também constam no relatório da Hutukara Associação Yanomami, uma associação importante e incisiva na representação dos povos indígenas. O documento teve assessoria técnica do Instituto Socioambiental.
Fotografias:
| Serviço: Bate papo: Davi Kopenawa Yanomami: Vida e resistência na terra indígena Yanomami Moderação: Ruben Caixeta Participação: Rogério do Pateo (UFMG) e Ana Maria Machado Quando: 29 de junho, quarta-feira, às 19h Onde: 5º andar do Espaço do Conhecimento UFMG (aberto ao público – sujeito a lotação do Espaço) O público poderá participar enviando comentários e perguntas pelas redes sociais: @espacoufmg |
