Rubens Aredes, do Então, Brilha! lança ”Mama América” - Santa Tereza Tem
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Rubens Aredes, do Então, Brilha! lança ”Mama América”

Rubens Aredes, do bloco Então, Brilha! lança mais uma canção da carreira solo

Completando a história do operário brasileiro, apresentada na canção “Operárium Brasiliensis”, o cantor, compositor e instrumentista Rubens Aredes lança a canção “Mama América”. Também composta há 25 anos, quando o músico iniciava sua carreira artística fundando o grupo “Urucum na Cara”, a composição, como a lançada em julho, apresenta uma letra atual, mostrando que as mazelas do povo brasileiro ainda são a fome, a exploração e a desigualdade. “Elas têm narrativas que se complementam. ‘Operárium Brasiliensis’ é uma canção de afirmação de identidade de um indivíduo integrante da classe trabalhadora brasileira e mestiço. Em ‘Mama América’, podemos dizer que esse indivíduo é uma criança na relação com duas figuras: sua mãe, que se encontra adormecida, e um homem, espécie de bicho papão, que aproveita do estado de sonolência da mãe para amedrontar a criança”. A música estará disponível para audição em todas as plataformas de streaming.

“O momento atual se revelou propício para o lançamento dessas músicas por duas razões: a primeira, o meu momento pessoal de reflexão sobre mim, meu papel no mundo e visitas ao passado; segunda: o momento atual do Brasil e do mundo em que vemos uma crise econômica, social e política potencializada pela pandemia”, explica o compositor. Segundo Rubens, a música deve ser ouvida e entendida como uma metáfora para os dias atuais. “A América Latina aparece como a mãe adormecida frente aos abusos dos capitalistas contra sua população”. observa

Com letra forte e o canto enérgico de Rubens, a canção apresenta em seus versos a denúncia, que se faz atual quando se percebe no país a falta do entendimento do que de fato é relevante. “O ponto forte da letra é a denúncia da fome no continente latino-americano e no Brasil, onde o preço do feijão só aumenta enquanto a renda média cai”, diz o compositor. Rubens aponta que “um verso significativo, que diz muito e representativo dos dias de hoje é: “enquanto ele se esbanja no jantar, tanta gente sem ter nem o feijão”. Porém, a canção, como o povo brasileiro, tem esperança. “E a música caminha para o final com a criança convocando a mãe para o revide, para a reação e termina com um coro vocal chamando e louvando “Mama América Latina! Mama América Latina”, aponta Rubens.

“Mama América” apresenta em seus timbres a mistura de sons e ritmos que é a música brasileira. “Tem guitarras distorcidas, forte presença de beats, efeitos eletroacústicos e a percussão afro-brasileira. As cirandas nordestinas são a principal referência ao longo de todo a música e no coro final entram os atabaques e timbales com referência nos candomblés”, conta Rubens. Com lançamento de “Mama América”, em seguida da canção “Operárium brasiliensis”, o artista se aprofunda em um estudo musical iniciada há 25 anos. “Ainda no ‘Urucum na Cara’, fazíamos essa pesquisa misturando ritmos percussivos diversos da nossa cultura afro-brasileira, testando timbres diferentes e buscando uma identidade que pudesse refletir também uma afro mineiridade contemporânea”, atesta Rubens, que agora aumenta o “suporte eletroacústico e permite o maior uso da guitarra”, diz.

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