Músicos de Santê Mestre Kaika - Santa Tereza Tem
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Músicos de Santê Mestre Kaika

Um coração que bate ao ritmo de Santa Tereza

Ricardo Picardi, o conhecido Mestre Kaika, é um dos grandes percussionistas de Belo Horizonte e morador de Santa Tereza. Ele navega pelos mais variados ritmos, do chorinho ao bom som do Clube da Esquina.

Kaíka veio pra Santa Tereza em 1971, de onde nunca mais saiu e declara sua paixão incondicional pelo bairro. “Mesmo com esse fluxo de gente nova e diferente dos últimos anos, Santa Tereza ainda é místico. É como uma cidade de interior. Você vê certo movimento no bairro, artistas e personalidades sentados nos botecos de beira de esquina, uma agitação cultural em todo lado. É muito especial”.

A carreira de músico começou logo depois de vir para o bairro e fazer parte de um grupo de capoeira. “A capoeira foi meu norte para descobrir a percussão, no Grupo Senzala, que ficava no andar de cima do Bolão, por onde passou muita gente”. Autodidata, seu interesse pela percussão cresceu, e logo ele estava atuando como músico, inclusive no teatro.

Kaíka e o Bloco Apaetucada

Além das apresentações musicais, Kaíka é professor de música na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e na Escola Essencial Centro de Educação Especial.

“Faço questão de convidar as pessoas para conhecerem o trabalho que a APAE realiza em termos de arte e capacitação profissional. É muito bom ver o que os meninos são capazes de fazer”., comenta ele, que faz criou a Bateria Apaetucada, onde com carinho, faz até a criança que é surda entrar no ritmo.

No carnaval, Kaíka leva a “Apaetucada”, bateria dos jovens atendidos pela entidade, para tocar em Santa Tereza. “Eles participam e são remunerados por isso. É a música e a cultura como forma de inclusão”, afirma.

O percussionista convida as pessoas a visitarem e apoiarem as iniciativas da APAE

Regendo a bateria Apaetucada

A música em Santa Tereza

 Kaíka é um grande divulgador da música em Santa Tereza e está empenhado em trazer mais música para o bairro. “Como estou dando aula em dois lugares, não preciso ficar naquela correria para fazer dinheiro. Toco quando quero”.

Olha ele aí, prestigiando o Santa Tereza Tem

E essa vontade de tocar é grande. Antes da pandemia, às quartas-feiras, ele estava presente na noite “O choro é livre”, onde clássicos do chorinho são apresentados no Bar do Pedro. Às quintas-feiras, ele se une ao amigo e tecladista Bezinho para a “Noite das canjas”, onde quem quiser se juntar à dupla para tocar é bem-vindo; já no sábado, é a vez de seu grupo, o Rivotrio.

Composto por Kaíka na percussão, Telma Rosa nos vocais e Joca Gonzaga no violão, o Rivotrio tocava no Bar do Pedro de 18h às 22h, trazendo sucessos de nomes consagrados como Beatles, Raul Seixa, Clube da Esquina. “Escolhemos este nome porque nosso som é pra viciar em música boa!”, diverte-se o músico.

Antes da pandemia, o mestre criou um grupo apenas para ensinar pandeiro, na maioria dos participantes mulheres, que no último Carnaval percorreram as ruas de Santa Tereza.

Além de trabalhar como músico contratado, Kaíka está disponível para realização de cursos e oficinas de música, aulas particulares de percussão para adultos e crianças e atua em festas, bares, clubes e escolas. Para contatá-lo, basta ligar para o telefone 99628-3914.

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