Santa Tereza não é só bares, música, carnaval, história. É também esporte e muito bem representado pela Gabriela Vila Real Macedo, a Gaby, filha do Luis Macedo. Depois de ser tricampeã mundial pelo Brasil (2010 / 2011 / 2012) é convocada novamente para a Seleção Brasileira.
Atualmente morando na Espanha, onde joga pela Liga Nacional da Espanha, a atleta sente a convocação como se fosse a primeira vez. “Ter escutado minha convocação foi uma mistura de sentimento inexplicável. Voltar a vestir essa camisa é renovar todas as minhas forças e seguir acreditando, ter a certeza da presença de Deus em nossas vidas. Representar meu país é um orgulho, e eu farei com a mesma ilusão da primeira convocatória” comenta Gaby.
Gaby descobriu o esporte, frequentando o Oásis Clube, ainda na infância. Aos 34 anos, a jogadora tem uma rica experiência no esporte, que desde pequena foi sua paixão. Ela conta que, “quando ganhava bonecas, logo guardava debaixo da cama. Se me desse uma bola em ficava pra lá de feliz”.
Ela, com apoio do pai, Luis, começou em equipe, aos 10 anos,no Clube Atlético. Passou para a AABB e logo foi para o Cruzeiro, onde aos 15 anos subiu para a equipe adulta e jogou por três anos. “Sempre quis ser atleta profissional e não posso reclamar, pois estou realizando o que sonhei”, diz ela com um grande sorriso, sua marca registrada.
Pela seleção Gaby jogaem um amistoso contra a seleção espanhola dia 9 e 10.
Gabriela tem uma carreira de sucesso, apesar de não ser tão conhecida em Minas Gerais e no Brasil, devido à pouca divulgação do esporte pela mídia esportiva. Além do Cruzeiro, onde equipe foi campeã em todas as competições das quais participou, em Minas defendeu várias equipes do interior em Contagem, Santa Luzia e Governador Valadares.
Sua persistência e talento despertaram atenção do Clube Florianópolis (SC) e depois de Criciúma, quando foi descoberta pelo time Aurora e se transferiu para a Rússia, onde ficou por um ano. Passou pela Espanha, Itália e há três anos voltou para o primeiro país, onde defende o Navalcarnero de Madrid.
No período em que a atleta ficou no Sul do país, foi quando integrou também a Seleção Feminina Brasileira de Futsal, em 2010, 2011, 2012 e 2013. Defendendo o Brasil, Gabriela foi “pé quente”, pois a equipe canarinho arrebatou, por três vezes seguidas, o Campeonato Mundial de Futsal Feminino. Ela comenta com modéstia, “não sou eu que sou pé quente, as jogadoras brasileiras é que são muito boas.”
Gabriela lamenta a falta de interesse da mídia esportiva brasileira na divulgação do Futsal feminino no país. Segundo ela, “esse desinteresse por parte da mídia causa um sério transtorno ao futsal feminino, pois não tendo publicidade, os patrocinadores recuam. Com a falta de patrocínio, mesmo tendo boas jogadoras, fica difícil de manter uma equipe”.
Outra questão levantada é o machismo, que apesar de ter melhorado bastante, a atleta afirma que ainda existe no Brasil. “Já quebramos muitas barreiras, conseguimos ocupar espaço, mas não é ainda o ideal. Apesar de haver muitas equipes femininas no Brasil, o machismo e o preconceito ainda existem, além da falta de investimento. Isso causa a decadência de muitas equipes, observa Gaby.
Parabéns para a Gabriela.
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