Como já foi bem divulgado, no dia 19 de novembro, o músico Toninho Horta e a Orquestra Fantasma conquistaram o prêmio Grammy Latino 2020 com o álbum ‘Belo Horizonte’.
Um dos grandes representantes do Clube da Esquina, o compositor e instrumentista mineiro é cria do bairro Horto, mas desde a juventude é figura presente em Santa Tereza, onde se reunia com os outros jovens para ouvir música, trocar ideias, cantar e tocar no cruzamento das Ruas Divinópolis com Paraisópolis.
Vivendo atualmente em Belo Horizonte, o músico está sempre por Santa Tereza , em outubro, fez um show online, na Igreja de Santa Tereza, homenageando o bairro pelos seus 120 anos.
Então, a comemoração, não poderia deixar de ser, foi na famosa esquina das Ruas Divinópolis com Paraisópolis. Sim, o grande vencedor, voltou ao local, onde tudo começou, para brindar com os amigos a tão esperada premiação. E lá estavam eles à sua espera, no Clubinho, bar do músico Rae Medrado, bem na esquina e que atualmente é o ponto encontro de músicos, principalmente daqueles que residem em Santa Tereza.
Em entrevista recente para o Santa Tereza Tem Toninho Horta, lembrou a importância de bairro no âmbito cultural da cidade e também do mundo. “Daqui saíram grandes músicos, não só os da Esquina, mas também o Sepultura, Skank, entre outros. Além disso, na área das artes plásticas, pintura, cerâmica e artesanato, o bairro ocupa um lugar de destaque. É sempre um prazer imenso estar nesse local que sempre me acolheu”.
No vídeo publicado pelo músico em seu Instagram, quando da premiação , ele expressa sua emoção, agradecendo e dividindo o sucesso com a Orquestra Fantasma. “Tinha muito tempo que eu não sentia esse ‘friozinho’ na barriga, A Orquestra Fantasma é um grupo do coração de talento, nascemos em Belo Horizonte e quase 40 anos trabalhando juntos. Eu acho que só ganhei este prêmio por causa da contribuição musical deles. VIVA BELO HORIZONTE”
Não foi à toa que ele sentiu o “friozinho na barriga”, poias é terceira indicação dele ao Grammy Latino. A primeira vez foi em 2005, com o álbum “Com o Pé no Forró”, em 2011, com “Harmonia & Vozes”, e agora, em 2020.
O álbum Belo Horizonte, concorreu com Caetano Veloso & Ivan Sacerdote, Elza Soares, Ney Matogrosso e Zeca Baleiro, na categoria Melhor Álbum de MPB. Foi lançado e em 2019, quando da comemoração dos seus 50 anos de carreira. Trata-se de álbum duplo, onde o ‘Belo’, traz composições já conhecidas do público e Horizonte, as inéditas.
A Orquestra que de fantasma não tem nada, com o seu som real inigualável, é formada pelo piano de André Dequech, o baixo de Yuri Popoff, a flauta de Lena Horta, irmã de Toninho, e a bateria de Neném
Criada há quase 40 anos, a Orquestra acompanhou Toninho Horta em suas centenas de apresentações mundo afora por todos os continentes e também no Brasil.
Nesse tempo o grupo, com uma criatividade nata, harmonia e interação musical entre seus componentes, tornou-se uma das bandas mais inovadoras da música brasileira.
Tem como característica o improviso musical, que é também um ponto forte de Toninho Horta. O cuidado com a harmonia, arranjos arrojados e bem trabalhados deixam sem som inconfundível.