Precisamos falar de vandalismo - Santa Tereza Tem
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Precisamos falar de vandalismo

Ao passar pela Praça Cel. Persilva me deparei com uma cena de indignar. As mudas de palmeira, pitangueira que o nosso vizinho Luciano Goulart plantou, na semana passada na Praça, foram vandalizadas. Quebraram as mudinhas e levaram o Jequitibá. E tudo isso ao lado da 20ª Cia da Polícia Militar.

Desde então, uma pergunta vem martelando em minha cabeça: o que move uma pessoa a destruir ou roubar o que de bom alguém fez?

O Luciano gastou do seu próprio bolso para comprar as mudas, gastou o tempo e energia em ir lá plantar. Estava feliz em contribuir com a arborização do lugar, que traria bons frutos para toda comunidade.

O mesmo fato triste e revoltante aconteceu com o jardim criado pelo nosso vizinho, Paulo Alves Barrozo Filho, no passeio na Rua Silvianópolis. E se repete diariamente no canteiro das rosas, na Praça Duque de Caxias, em frente à igreja, adotado pelo Santa Tereza Tem, onde as flores, mal abrem os botões, são levadas.

Aproveitando o tema da Praça Cel. José Persilva, lá foi criado não sei por quem um ponto de desova de lixo. São restos de comida, garrafas e latas de cerveja. O lixo aparece lá no sábado pela manhã e só vai ser recolhido pelo caminhão da SLU à noite da segunda-feira.  Isso também é algo que não dá para compreender.

Ponto de lixo

Quem pode responder?

Alguém sabe ou pode responder à minha pergunta do início do texto? Pois não encontro justificativas plausíveis para esses atos de vandalismo e desrespeito com o bem público e com a comunidade de Santa Tereza. O que podemos fazer para acabar com estes atos?

Sim, porque se ninguém se indignar e ver este tipo de atitude como normal, a história só tende a piorar. O que me que lembra o poema abaixo do poeta brasileiro Eduardo Alves da Costa (1968)

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada. (…)”

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