A Prefeitura de Belo Horizonte, orientada pelo Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19, autorizou a reabertura das atividades econômicas contempladas na Fase 1 a partir desta quinta-feira, dia 6.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (4), durante coletiva à imprensa, após o comitê confirmar a tendência de queda na velocidade de transmissão, com impacto direto na ocupação de leitos para a Covid-19.
Como o índice de ocupação de leitos de UTI ainda está na zona de alerta, o município decidiu, nesse primeiro momento, limitar os dias para abertura, para trabalhar com menor fluxo de pessoas nas ruas.
O secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis, explica que a Prefeitura visualizou a possibilidade de reabertura, mas por cautela e para a segurança da população, diminuiu o período para funcionamento do comércio. “Serão inicialmente três dias de comércio aberto e quatro dias fechado, e não o contrário. Sentiremos os impactos dessa nova retomada gradual e, nas próximas semanas, se os indicadores assim permitirem, poderemos ir ampliando gradativamente”, disse o secretário.
Nesse novo movimento de flexibilização, a população é agente fundamental. O inicio da reabertura não significa que a pandemia acabou, pois todas as medidas de segurança e higiene já recomendadas devem continuar sendo adotadas para que os indicadores não continuem avançando, e inclusive retrocedam.
Por isso que o respeito tanto pelos comerciantes, quanto pelos consumidores aos protocolos estabelecidos é fundamental. Regras como distanciamento social; uso correto de máscara; lavar as mãos com água e sabão; uso de álcool em gel; evitar aglomeração e conversas nas filas, nos transportes e espaços coletivos são algumas dessas medidas. A recomendação é para que as pessoas só saiam de casa se necessário, já que o momento não é indicado para circulação nas ruas e estabelecimentos comerciais a lazer, por exemplo.
Primeira semana da Fase 1 (de 6 a 8 de agosto):
• Todo o comércio varejista não contemplado na fase de controle:
Estabelecimentos de rua, centros de comércio e galerias de lojas: quinta a sábado, entre 11h e 19h.
• Comércio atacadista da cadeia do comércio varejista da Fase 1 (incluindo vestuário): quinta a sábado, entre 11h e 19h.
• Cabeleireiros, manicures e pedicures: quinta a sábado, entre 11h e 20h.
• Shopping centers, centros de comércio e galerias de lojas: quinta a sábado, entre 12h e 20h. Praças de alimentação funcionarão somente por delivery ou retirada, sem consumo no local.
• Atividades no formato drive-in: sexta a domingo, de 14h às 23h.
Segunda semana em diante da Fase 1 (a partir de 12 de agosto):
• Todo o comércio varejista não contemplado na fase de controle:
Estabelecimentos de rua, centros de comércio e galerias de lojas: quarta a sexta, entre 11h e 19h.
• Comércio atacadista da cadeia do comércio varejista da Fase 1 (incluindo vestuário): quarta a sexta, entre 11h e 19h.
• Cabeleireiros, manicures e pedicures: quinta a sábado, entre 11h e 20h.
• Shopping centers, centros de comércio e galerias de lojas: quarta a sexta, entre 12h e 20h. Praças de alimentação funcionarão somente por delivery ou retirada, sem consumo no local.
• Atividades no formato drive-in: sexta a domingo, das 14h às 23h.
Caso os indicadores epidemiológicos e assistenciais permitam, a progressão de fases poderá ocorrer daqui a 15 dias, quando os impactos dessa primeira semana da reabertura do comércio serão perceptíveis.
Fase 2
• Parques públicos (locais, regras, horários, e dias de funcionamento estão em construção)
• Bares, restaurantes e lanchonetes
Funcionamento: Bares, restaurantes e lanchonetes: segunda a quinta para horário de almoço (11h às 15h), sem venda de bebidas alcoólicas.
Sexta, entre 11h e 22h, com venda de bebidas alcoólicas a partir das 17h.
Sábado e domingo até as 22h com venda de bebidas alcoólicas. Sem restrições para delivery e retirada.
Praças de alimentação em shopping centers: terça a quinta, das 11h às 17h. Sexta até as 20h, com venda de bebidas alcoólicas a partir das 17h. Sem restrições para delivery e retirada.
Fase 3 (eventuais restrições de dias e horários serão estabelecidas posteriormente, após acompanhamento e análise dos impactos nas fases 1 e 2)
•Academias, centros de ginástica e estabelecimentos de condicionamento físico
• Clubes sociais, esportivos e similares
• Eventos (exposições, congressos e seminários)
• Clínicas de estética
• Museus
A Prefeitura esclarece que continuará acompanhando diariamente os dados e caso haja piora nos indicadores, a atual fase poderá ser interrompida.
Todo o histórico de reabertura, os protocolos e regras vigentes podem ser acompanhados na página exclusiva criada pela Prefeitura, disponível neste link.
Segundo dados da Prefeitura, o número de transmissão por infectado (Rt) ficou em 0,91 nesta terça-feira, atingindo sua menor média até aqui. A taxa vem sendo monitorada e divulgada às sextas-feiras – desde 15 de maio – no Boletim de Monitoramento, a partir da média dos últimos sete dias. Na segunda quinzena de julho, o Rt médio se estabilizou, apresentando um declínio sequenciado desde a semana passada (28/7 – 0,99; em 29/7 – 0,98; em 30 e 31/7- 0,97; e 0,92 nessa segunda-feira, dia 3).
Essa perda na velocidade vem impactando na diminuição gradativa de demandas por internação de pacientes com a Covid-19, principalmente das alas de enfermaria. Há 14 dias, no Boletim Epidemiológico e Assistencial divulgado em 22/7, a taxa de ocupação de leitos de enfermaria Covid era de 77%. Nessa segunda-feira, o índice caiu para 67%, confirmando o histórico decrescente (28/7 – 71%; 29/7 – 69%; 30 e 31/7 – 68%). Esse foi o menor índice desde 22 de junho.
O índice assistencial para os casos mais graves que necessitam de terapia intensiva ainda continua alto, mas com tendência significativa de queda. Em 28/7, a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid era de 91%; em 29/7 e 30/7 registrou 91%; em 31/7, 88%; em 3/8, 83,7%; e, nesta terça-feira, caiu para 80,6%, considerando a ocupação de leitos da Rede SUS-BH e da rede privada (suplementar).
A partir de agora os leitos da rede privada serão considerados para as avaliações do Comitê. A informação sobre os dados hospitalares da rede privada em Belo Horizonte foi viabilizada pela portaria SMSA/SUS-BH nº 0269/2020 no mês passado. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 48% da população da capital mineira tem acesso a planos de saúde e por esta razão os dados de taxa de ocupação de leitos de UTI e enfermarias da rede privada serão incorporados às informações da rede pública.
A Fase 1 representará 69 mil postos de trabalho do mercado privado (7,7% do total), com a autorização de funcionamento de mais de 20 mil empresas (11,1% do total) e mais de 51 mil Microempreendedores Individuais – MEIs (24,7%). Ao somá-la com as atividades da fase de controle (atual etapa), serão 94,5% de participação no mercado de trabalho, com a permissão de reabertura de 93,4% das empresas e de 88,4% das MEIs.
A BHTrans já alinhou com as empresas de ônibus sobre os impactos dessa 1ª etapa de flexibilização e estruturou as adequações necessárias para minimizar o fluxo. Os horários de funcionamento das atividades da fase 1 foram estabelecidos pela Prefeitura fora do horário de pico, na tentativa de diluir a concentração de pessoas. Caso seja avaliada a necessidade, haverá alterações nos horários de funcionamento das atividades econômicas retomadas.
Fonte: Prefeitura de BH