Por Eliza Peixoto
Minas Gerais perdeu hoje um dos grandes representantes da arte da cerâmica, Marcílio Figueiredo, que encantou-se neste dia 03 de maio. Morador de Santa Tereza, na Rua Bom Despacho, onde também funcionava seu ateliê, além de produzir suas obras, também ministrava aulas de modelagem, pintura e queima com ênfase em Raku.
Em seu trabalho ia do utilitário ao decorativo sempre com cores fortes e alegres, em flores, pássaros, bichos e imagens.
.Era figura sempre presente na tradicional Feira de Cerâmica e realizada todos os anos, desde em 1999, quando teve sua primeira edição no Mercado Distrital, liderada pela ceramista Erli Fantini de quem era amigo de muitos anos.
Marcílio era veterinário e com a sua vivência na Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, passou a se interessar pelas plantas e frequentar a Estação Ecológica da Universidade. E tanto fez que chegou a coordenar de 1990 a 2003 o Jardim Botânico e a área Verde da Estação Ecológica da UFMG.
A cerâmica entrou em sua vida pelas mãos da amiga Erli Fantini, também moradora de Santa Tereza. Erli conta que quando sua mulher, Fatima, faleceu, ele ficou muito abalado. Então Erli sugeriu que ele, que já pintava, aprendesse a fazer cerâmica. Curioso que era fez aulas com a amiga e deslanchou na arte do barro.
“Perdi um grande amigo, uma pessoa encantadora, sensível e que queria aprender tudo. Estava sempre buscando coisas novas. E a cerâmica perdeu um grande artista”, lamenta Erli Fantini.
Além de ceramista, ele trabalhou como coordenador do Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais. 1990 a 2003 e na coordenação da área Verde da Estação Ecológica da UFMG.