#Dendicasa: A necessidade é mãe da criatividade - Santa Tereza Tem
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#Dendicasa: A necessidade é mãe da criatividade

Como as pessoas se reinventam e enfrentam o isolamento com bom humor e serenidade

Ficar confinado traz tédio e angústia. Então o que fazer para viver esta situação passageira (e tomara que rápida), com tranquilidade? Cada um se reinventa, descobre ou redescobre habilidades, curte a família, aproveita para ler aquele livro que está na estante há tempos ou para ver um filme.

Então fiz uma enquete para o Santa Tereza Tem sobre como as pessoas estão se virando para aproveitar essa parada obrigatória e assim divulgar ideias pra todo mundo ocupar o tempo, pois como dizia minha mãe “cabeça vazia é oficina do diabo”. 

Eu, que sou do grupo de maior risco, os” veinhos e veinhas”, estou realmente levando a sério as recomendações de ficar dendicasa. Ainda tenho muito pra viver. Então me revezo no trabalho profissional, na cozinha, refazendo minha hortinha e o jardim e colocando em dia a leitura de livros que nunca achava tempo de ler.

A artista plástica e professora de arte do Ateliê de Arte Clube da Lua, encontrou uma solução mais drástica. “ Gente, adoro livros e arte, mas como está situação está complicada, cada vez que vejo o jornal fico mais angustiada. Então não estou conseguindo ler nem pintar. Então resolvi fazer trabalho braçal como forma de terapia meditativa através de movimentos repetitivos. Pintei a parede do quarto do meu filho Valentim e a da sala. Agora estou tirando o reboco da garagem que não me agrada, usando marreta”.

O Antônio Pedro de Souza achou mais prudente fechar esta semana sua loja de produtos alimentícios, frutas e legumes. Ele que gosta de literatura conta que “estou escrevendo, limpando o quintal e vendo algumas novelas que estavam atrasadas. Para ajudar meus amigos que também estão isolados, comecei a narrar os capítulos do livro Éramos Seis, de Maria José Dupré, e enviar a eles três vezes ao dia”.

Já o poeta Antonio Galvão diz estar em “Reclusão Criativa”, finalizando novo livro de poesia e recitando poesias na rede social. Quem quiser ouvir é só clicar neste link.

Reclusão criativa é a solução de Antônio Galvão

A Roberta Brasileira, nascida e criada em Santê, voltou pra cozinha. “Voltei pro fogão e comecei a fazer biscoitinhos pro lanche da tarde. Antigamente eu fazia e vendia bolos, bombons e outros quitutes. Agora, em casa, comecei novamente e estou até pensando num Delivery Tia Roberta. Bem, tô mandando esse recadinho pra você que taí sem fazer nada. Quem sabe você se empolga também?”

Os biscoitinhs feitos pela Roberta

Desapego

Lili Marta, encontrou outra atividade: faxinar a casa. Ela conta que “comecei pela cozinha. É bom que faço uma triagem de coisas que não preciso e posso doar e olha que é muita coisa”.

Já a Maria Helena Evaristo também vai arrumando a casa e achando coisas guardadas há tempos e sem uso.  “A ideia de desapego e é muito boa, estou praticando. Sugiro também, que as pessoas aproveitem para limpar os quintais e remover recipientes que proliferam o mosquito da dengue. A dengue está a avançando também, não podemos esquecer”.

Outra que aderiu ao desapego é a Mailde Ribeiro: “estou tirando coisas desnecessárias para minha casa e farei uma bela doação! ”.

Habilidades manuais

Quem redescobriu a habilidade manual e sem a menor modéstia, foi a Olivia Maria de Cerqueira: Estou fazendo uma linda blusa de crochê!

A Cláudia Krautz encontrou na costura, não só um passatempo, mas uma forma de colaborar contra a peste do corona vírus. Ela está fazendo máscaras de tecido, que podem ser lavadas, passadas a ferro quente e reusadas. “Sabia que a chita que tenho guardada, ainda iria servir pra alguma coisa”, comenta ela, que tem mania de guardar coisas que poderão ser usadas no futuro.

Máscaras feitas pela Cláudia

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