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TAU – arte nas ruas de Santê

Execução das obras do TAU – Território Arte Urbana começa dia 12/07

Santa Tereza pela segunda vez é palco de intervenções artísticas em fachadas de bares e estabelecimentos comerciais. Na segunda edição do projeto, que engloba também o bairro Horto, 19 artistas vão intervir em 12 espaços.

Ampliando o conceito de arte na rua, plural e democrática, programação apresenta grande variedade de linguagens, suportes e materiais

Pintura do muro do Metrô na edição TAU 2018

A execução das obras de intervenções de artes visuais, que começa no dia 12 de julho e termina no dia 21 de julho, será feita pelos 19 artistas selecionados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia. Eles realizarão trabalhos de diferentes suportes e linguagens – tais como pintura, graffiti, instalação, escultura, lambe-lambe e fotografia.

Ao todo, serão produzidas 18 obras em doze espaços distintos, formando um circuito artístico a céu aberto que culminará na Praça Joaquim Ferreira da Luz (Rua Conselheiro Rocha, 2.845), onde acontecerão outras sete obras no muro do metrô que circunda a parte baixa de Santa Tereza.

Quem passar pelos locais durante o festival poderá acompanhar os artistas realizando ao vivo suas obras. Os trabalhos ficarão expostos para visitação do público de 21 de julho a 10 de setembro.

Tau – Curadoria

Assinada por Binho Barreto e Karina Felipe, que participaram da primeira edição do TAU como artistas, a curadoria teve como norte a diversidade de técnicas e a adequação aos espaços escolhidos para o desenvolvimento dos trabalhos

Binho Barreto é artista visual, participa de projetos interdisciplinares e desenvolve pesquisas com desenho e processos digitais. É ilustrador, cartunista, muralista, pintor e professor. Publicou os livros Perímetro urbano e Comboio (literatura infantil). É formado em Artes Plásticas pela Escola Guignard/UEMG e é doutorando em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG.

Karina Felipe é artista visual, idealizadora e curadora do Cinebicudo e também coordenadora e educadora do Instituto de pesquisas Tapioca. Integra a comissão de produção e curadoria da Residência Artística da Mutuca (RAM), Altamira (MG).

Os artistas e espaços

Nas fachadas dos estabelecimentos

O mineiro Skap leva para o Hostel Trem Azul a obra “Voo de Peixe”, uma pintura em grande escala que utiliza técnica de estêncil para retratar conceitos de um universo fantástico e livre.

Laura Loli traz para o Bar du Pedro elementos gráficos e pictóricos através de seres híbridos em movimento entre serra e mar, celebrando a natureza e brincando com tabus sobre o feminino, o masculino e a sexualidade.

Bruna Lubambo estará no Bar Temático com um grande caça-palavras que remete ao imaginário belo-horizontino, criando um “mural-passatempo” em que cada letra será pintada à mão em ladrilhos lambe-lambe.

Catapreta fará no Bar Bocaiúva, um painel em homenagem aos malandros, entidades cultuadas na Umbanda e no Catimbó e ligadas à vida noturna e à boemia.

A dupla paulistana Clarissa Caldeira e Marina Avarani vai intervir no bar Zona Last, criando um painel que utiliza cores e luz, simetria, tridimensionalidade e profundidade, gerando efeito óptico e alterando a percepção dos transeuntes.

O paulistano Urso leva para o Bar Santa Boemia, uma pintura em estêncil que retrata o gato como ser permanente de todas as bitacas, seja ele humano, animal, amor ou canção.

Também de São Paulo, Jan Nehring, com sua “colagem tridimensional”, utiliza materiais de descarte encontrados em Santa Tereza para criar uma obra site-especific que mostra as belezas que podem ser encontras até mesmo no lixo.

Na fachada no Roupas Online Shop, a mineira Rizza Furtelli realiza uma instalação que vai utilizar filetes de espelhos, acompanhando a arquitetura do local e refletindo seu entorno ao causar diferentes possibilidades de iluminação entre dia e noite.

A baiana Sol Kuaray vai intervir no Armazém Montanari uma instalação com diferentes plantas que dialogam com o meio em que estão inseridas, juntamente à pintura em azulejos e à reprodução de suas imagens em lambes, criando uma arte viva e sensível.

O baiano Alex Oliveira, de Jequié (BA), vai criar um estúdio improvisado em frente à Bitaca da Leste, convidando moradores e passantes de Santa Tereza a produzir foto-performances.

No Bar Casa da Esquina, o mineiro Thiago Trópia mescla pintura digital e tradicional, estêncil, muralismo e aquarela para homenagear nomes da música que são inspiração para ele e para o espaço.

No muro do Metrô

Helder Cavalcante, que traz a influência do ambiente urbano e de sua arquitetura na criação de imagens feitas com suportes coletados em ferro velho.

Zé D Nilson apresenta leitura do cotidiano das ruas de BH.

Caio Ronin pinta fragmentos que representam as situações cotidianas como a causa e o efeito, a inércia e a magia.

Bel Morada vai transitar por lugares imaginários, entre criaturas e mundos cheios de mistério, do desenho à colagem.

Spunk contesta, por meio da tinta escorrida, a insuficiência dos percentuais numéricos do mundo cibernético e a distinção entre usuário e viciado digital.

Ártemis Garrido, baiana residente em BH, homenageia Maria, mulher negra que já esteve em situação de rua e teve o muro do metrô como improviso de casa, ajudando-a a criar um espaço de proteção e privacidade.

João Gabriel fará um trabalho inspirado em narrar vivências, mistérios e sensibilidades negras.

Muro do Metrô, edição 2018, obra de Alexandre Rato. Foto: Eliza Peixoto

Oficinas

Com uma programação diversa e democrática, o TAU 2019 visa contemplar um público de diferentes gerações. Outro ponto forte do projeto é o apreço pela criação de redes e convivências.

Assim, este ano alguns dos artistas que participaram da primeira edição foram convidados para atuar novamente no festival, agora cooperando como oficineiros, curadores e até mesmo refazendo obras que foram depredadas prematuramente.

A programação desta edição será realizada na rua e contará com atividades como a Oficina de Pandeiro que será ministrada por “As Pandeirista” ; “Cinema na Rua” (com exibição de filmes e documentários); “Oficina de Bordado Urbano” (para pessoas acima de 60 anos); “Oficina de Grafitti para Adolescentes”; Chorinho com o Regional da Serra.

Haverá ainda visita guiada com tradutora de libras, que acompanhará todo o percurso e terá material descritivo das obras. Também será disponibilizado em braile em todos os espaços que participarão do festival.

O TAU – Território Arte Urbana é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e tem o patrocínio do Instituto Unimed BH. O projeto conta ainda com o apoio da Diretoria de Patrimônio Cultural de Belo Horizonte e da CBTU – Companhia Brasileira de Trens Urbanos.

Circuito TAU 2019 – 2° Edição

Bar Santa Boemia – Rua Mármore, 143 – Santa Tereza
Hostel Trem Azul -– Rua Quimberlita, 300 – Santa Tereza
Armazém Montanari – Rua Silvianópolis – Santa Tereza
Bar do Pedro – Rua Quimberlita, Esquina com, Rua Ten. Freitas, 245 – Santa Tereza
Roupas Online Shop – Rua São Gotardo, 8 – Santa Tereza
BAR Bocaiuva – Rua Paraisópolis, 550 –Santa Tereza
Bitaca da Leste – Rua Salinas, 2.421 – Santa Tereza
Temático – Rua Pirite, 187 – Santa Tereza
Bartiquim – Rua Silvianópolis, 74 – Santa Tereza
Bar Casa da Esquina – Rua Silvianópolis, 95 – Santa Tereza
Zona Last – Rua Pouso Alegre, 2.952 – Horto
Muro Metrô – Rua Conselheiro Rocha, Santa Tereza – Do número 2.845 (Praça Joaquim Ferreira da Luz) ao número 2.749

Atistas selecionados: Alex Oliveira, Ártemis Garrido, Bel Morada, Bruna Lubambo, Caio Ronin, Catapreta, Clarissa Caldeira e Marina Aravani, Helder Cavalcante, Jan Nehring, Jão Gabriel, Laura Loli, Rizza, Skap, Sol Kuaray, Spunk, Thiago Trópia, Urso, Zé D Nilson.

SERVIÇO TAU – Território Arte Urbana
Execução das obras: 12 a 21 de julho
Mostra aberta ao público: 21 de julho a 1o de setembro
Realização: Mercê Soluções Culturais
Mais informações no site: www.territorioarteurbana.com.br

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