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Matracas de Santa Tereza

As matracas de Santa Tereza na procissão do enterro preservam a tradição da religiosidade mineira

Não é Ouro Preto ou uma outro lugar no interior de Minas, estamos em Santa Tereza, uma cidade pequena no coração de Belo Horizonte, que ainda preserva certas tradições seculares. E é por isso, que  na noite, da Sexta-feira da Paixão, o som das matracas ecoaram pelas ruas de Santê, anunciando pelas ruas a passagem da procissão do enterro.

A fé não tem idade

A procissão saiu da igreja,  logo após o descimento da cruz, em uma encenação montada pelo grupo de jovens da Paróquia de Santa Teresa e Santa Teresinha, relembrando as  estações da via sacra de Cristo. De forma simples, sensível e emocionante, os jovens deram o recado, de que o amor ao próximo e a compaixão pelo outro são as lições fundamentais pregadas Cristo.

E centenas de pessoas, de todas as idades, iluminadas pela lua e  pelas luz das velas nas mãos dos fiéis, seguiram em cortejo pelas ruas do bairro, acompanhando a imagem do Senhor morto, em mais uma profissão de fé. O povo reviveu a paixão e morte de Jesus de Nazaré, ora em silêncio, ora orando, ora entoando canções.  Ao mesmo tempo, renovando a fé e preservando uma das mais seculares tradições da religiosidade mineira, as celebrações da Semana Santa.

Maria Eliane (no centro) com seus familiares

Maria Eliana Brant Cerqueira, moradora da Rua Prof. Raimundo Nonato, veio com a família e amigos participar da celebração. Nascida e criada em Santa Tereza, ela comenta que “já é uma tradição na família acompanhar a procissão e um momento de reflexão, quanto sentimos mais de perto a presença de Jesus. A encenação e toda celebração foram envolventes e acho que com a mudança do trajeto ficou bem A encenação e toda celebração foram envolventes e acho que com a mudança do trajeto ficou bem melhor que no ano passado”.

São coisas de Sântê!
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