O Grupo Maria Cutia celebra 11 anos de criação com mostra de quatro diferentes espetáculos de seu repertório. As montagens que compõem este projeto mostram distintas facetas da companhia de teatro de rua, que tem na música e no diálogo vivo e intenso com o público seus principais componentes. No dia 24 de junho (sábado), o grupo leva à Praça do Papa, com entrada gratuita, a apresentação de “Ópera de Sabão”, um melodrama radiofônico. O mesmo local recebe no dia 25 de junho (domingo) “Como a Gente Gosta”. Com direção de Eduardo Moreira (Grupo Galpão), a comédia shakespeariana sobre o amor volta a ser encenada no 02 de julho, na Praça Floriano Peixoto, às 18h.
Primeira criação do grupo, “Na Roda” (2006) será levado ao Museu Abílio Barreto no dia 01 de julho (sábado), às 16h, integrando a programação gratuita do Festival Palco Giratório 2017.
A mostra de 11 anos do Maria Cutia ainda conta com uma apresentação especial de “Francisco”, que traz uma abordagem pouco usual do cancioneiro de Chico Buarque, apenas com músicas de eu-lírico masculino, cantadas pela também atriz Mariana Arruda. O show cênico-musical acontece no dia 01 de julho (sábado), às 21h, no Grande Teatro do SESC Palladium – ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
“A ideia da mostra é apresentarmos um compêndio do que já produzimos durante estes 11 anos. Essa temporada é também a representação daquilo que reafirmamos como escolha de ofício e vida”, comenta o ator Leonardo Rocha.
Música
O encantamento e divertimento levado ao público pelo Maria Cutia, seja em brincadeiras de roda ou em trabalhos para os palcos, tem uma relação intensa com a linguagem musical, presente em todos os espetáculos do grupo. A presença de atores-músicos é refletida numa cuidadosa construção de trilhas sonoras – a maioria composta pelos próprios integrantes – e preparação, contanto com a experiente Babaya como parceira. Tendo um grande poder de comunicação, além, claro, de ser bastante generosa quando se trata de teatro de rua, a canção é uma das ferramentas mais presentes no trabalho cênico da companhia. “Temos uma pesquisa que denominamos ‘música-em-cena’. De todas as artes, a música é a mais potente. Não se vê a música, se sente. E como em nossas vidas pessoais ela sempre esteve presente, a sua interlocução com o teatro, desde o início do Maria Cutia, sempre foi natural e consciente em nosso trabalho”, explica a atriz Mariana Arruda.
Sobre o grupo Maria Cutia
Criado em 2006, em Belo Horizonte, o grupo já circulou por capitais de quase todos os estados brasileiros, além de cinco países da África. O Maria Cutia tem no teatro de rua, popular, para todos os públicos, sua principal missão cênica, reafirmando assim ser uma companhia que busca se apresentar em lugares onde o teatro normalmente não chega. “Esta nossa ação é a junção de vários simbolismos. O teatro como a arte do encontro, a rua como palco de atuação e reinvenção desse espaço ao criar um universo imaginário provisório com o público, e o ritual milenar de se passar o chapéu ao final da apresentação”, reflete Leonardo Rocha.
Direções de Eduardo Moreira e Gabriel Villela
Ainda para este ano, o grupo prepara a montagem de um espetáculo solo de palco inspirado no universo da loucura e na obra “A Lua Vem da Ásia”, de Campos de Carvalho. Com direção e dramaturgia de Eduardo Moreira, do Grupo Galpão, que já assinou “Como a Gente Gosta”, a peça tem previsão de estreia para novembro. “O grande barato de se ter uma companhia de teatro é poder experimentar linguagens, de se arriscar. Sempre tive vontade de montar um espetáculo solo com este olhar da loucura, um tema que me é instigante. E, por mais que possa parecer inusitado ser um ator de rua montando um espetáculo de palco, é o risco que me interessa, a possibilidade do novo, de experimentar um outro espaço de atuação, bem diferente da rua”, explica o ator Leonardo Rocha.
E para 2018, o Grupo Maria Cutia estreará um espetáculo com direção de Gabriel Villela, reconhecido por uma abordagem barroca em suas montagens. A parceria com o diretor de “Romeu e Julieta”, “A Rua da Amargura” e “Os Gigantes da Montanha”, do Grupo Galpão, além de “Sua Incelença, Ricardo III”, do grupo Clowns de Shakespeare, é um sonho antigo do Maria Cutia. “Sempre admiramos a estética dos trabalhos do Gabriel, esta característica de encenador, de uma linguagem que se reconhece de imediato, do onírico, do lúdico, da imaginação”, salienta Leonardo. O espetáculo, que será criado para ser encenado na rua, é inspirado na obra “Mistero Buffo”, do escritor italiano Dario Fo.
SERVIÇO
Mostra Maria Cutia 11 anos – Programação
“ÓPERA DE SABÃO”– um melodrama radiofônico
Quando: 24 de junho (sábado), às 18h
Onde: Praça do Papa – Mangabeiras
Entrada gratuita
Classificação: livre
Duração: 1h10
“COMO A GENTE GOSTA” – uma comédia shakespeariana sobre o amor
Quando: 25 de junho (domingo), às 17h
Onde: Praça do Papa – Mangabeiras
02 de julho (domingo), às 18h – Praça Floriano Peixoto – Santa Efigênia
Entrada gratuita
Classificação: livre
Duração: 1h
“NA RODA” – espetáculo brincante
Quando: 01 de julho (sábado), às 16h
Onde: Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) – Cidade Jardim
Entrada gratuita
Classificação: livre
Duração: 1h
“FRANCISCO” – Mariana Arruda canta Chico Buarque
Quando: 01 de julho (sábado), às 21h
Onde: Grande Teatro do Sesc Palladium – Rua Rio de Janeiro, 1046 – Centro
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Classificação: livre
Duração: 1h20