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Toca Raul!

Toca Raul! Hoje o Maluco Beleza estaria comemorando 70 aninhos!

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Raul Seixas sempre contermporâneo

Hoje, dia 28 de junho, se o maluco beleza, Raul Seixas, estivesse vive, estaria comemorando 70 anos, como vários dos ídolos da música popular brasileira das gerações das décadas de 60 e 70. Mas Raul, que encantou-se há quase 26 anos, é daquelas pessoas que morrem, mas continuam cada dia mais vivas e cresce o número de fãs.

Em uma reportagem do jornalista Paulo Virgílio, publicada pela Agência Brasil, ele escreve: “É um ícone do rock brasileiro, que sucessivas gerações cultuam de forma espontânea, sem nenhuma estratégia de marketing neste sentido, como é comum nas últimas décadas com diversos ídolos do cenário pop mundial.

“Eu não tenho medo de morrer. Tenho medo de que me esqueçam”, disse Raul em uma das inúmeras fitas que deixou em seu famoso baú. Como acontece com muitos artistas, Raul Seixas tinha medo de ser esquecido e preocupado com a posteridade cultivava o curioso hábito de se autoentrevistar, gravando essas entrevistas em fitas de rolo ou cassete.” 

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Baiano, de Salvador, conheceu o rock na sua adolescência e ficou fascinada pelas batidas do estilo, que ganhou mundo principalmente, no início, com Elvis Presley. Muitas foram as canções, como Al Capone, Maluco Beleza, Metamorfose Ambulante, Cowboy Fora da Lei, Medo da Chuva, entre outras mais.l

Morto prematuramente há quase 26 anos, Raul Seixas é um mito que permanece vivo e que a cada dia conquista novos fãs. É um ícone do rock brasileiro, que sucessivas gerações cultuam de forma espontânea, sem nenhuma estratégia de marketing neste sentido, como é comum nas últimas décadas com diversos ídolos do cenário pop mundial.

“Eu não tenho medo de morrer. Tenho medo de que me esqueçam”, disse Raul em uma das inúmeras fitas que deixou em seu famoso baú. Como acontece com muitos artistas, Raul Seixas tinha medo de ser esquecido e preocupado com a posteridade cultivava o curioso hábito de se autoentrevistar, gravando essas entrevistas em fitas de rolo ou cassete.

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Nascido em Salvador, no dia 28 de junho de 1945, Raul Seixas era um adolescente quando o rock surgiu no cenário musical dos anos 50 e chegou ao Brasil. Uma febre que contagiou jovens nordestinos em plena época em que o baião e seu criador, Luiz Gonzaga, predominavam nas rádios e nos bailes da região.

Com 17 discos lançados em 26 anos de uma carreira iniciada em 1968, quando ele ainda integrava a banda Os Panteras, Raul Seixas é reconhecido pela crítica musical como um dos pais do rock brasileiro. Seu estilo musical, na verdade, tem muito de rock e outro tanto de baião, gêneros que ele conseguiu unir em músicas como Let Me Sing, Let Me Sing.

Filmes como o documentário do cineasta Walter Carvalho sobre a obra do cantor e compositor, lançado em 2012. “Eu não escolhi o Raul. O Raul me escolheu”, diz o cineasta, que para fazer o filme gravou mais de 250 horas de entrevistas e reuniu outras 200  imagens de arquivo. “Eu entrevistei 93 pessoas e coloquei 54 no filme. Na montagem, alternei entrevistas que falavam da vida privada de Raul com outras sobre a trajetória artística dele,” conta.

Toca Raul!
Ninguém sabe como começou, quem foi o primeiro. No meio de um show de rock, alguém gritou e isso virou um bordão, sempre repetido em shows pelo Brasil afora. De tão repetido, oToca Raul! acabou virando em 2007 tema de uma música do cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro.
“Mal eu subo no palco
Um mala um maluco já grita de lá
-Toca raul!
A vontade que me dá é de mandar
O cara tomar naquele lugar
Mas aí eu paro penso e reflito
como é poderoso esse raulzito
Puxa vida esse cara é mesmo um mito”.

Desde 2011, o bordão dá nome a um bloco do carnaval de rua carioca, criado por um grupo de amigos para reverenciar Raul Seixas. A cada ano, o bloco Toca Rauuul! leva cerca de 20 mil pessoas ao seu desfile na Praça Tiradentes, com um repertório que atravessa todas as fases da trajetória do “maluco beleza”, em ritmos diversos.

Fenômeno de comunicação de massa, o culto a Raul tem outros rituais. Um deles é a passeata que todos os anos acontece no dia 20 de agosto – data da morte dele – em São Paulo, com os fãs saindo do Teatro Municipal em direção à Praça da Sé. “Ninguém organiza isto, é uma manifestação espontânea, as pessoas vão chegando e se juntando, já virou uma tradição”, diz Walter Carvalho, que registrou o fato em seu filme.

Em agosto do ano passado, por ocasião dos 25 anos da morte de Raul, uma exposição no Teatro Sesi, no centro do Rio, apresentou fotos inéditas do artista, datadas de 1973, ano em que ele lançou o álbum Krig-ha, bandolo! e alcançou notoriedade nacional. De autoria do falecido fotógrafo Cláudio Fortuna, as fotos mostravam o gestual marcante do cantor, no showde lançamento do álbum, em 16 de outubro daquele ano, no então Teatro Tereza Rachel, em Copacabana.

A exposição foi a execução de um sonho para sua curadora, Kika Seixas. Fortuna foi o responsável por levar naquele dia a então jovem ao show do artista do qual se tornaria fã e com quem viria a se casar anos depois.

“O show me impressionou muito. Assisti 11 vezes. Ainda naquele ano, fui morar fora do Brasil e voltei em 1977, para trabalhar na gravadora Warner, da qual Raul era contratado. Em 1979, dei uma carona pra ele e foi amor à primeira vista. A gente ficou junto durante cinco anos, até 1985, quando nos separamos”, conta Kika, guardião do Baú do Raul e a única das cinco mulheres do cantor a manter uma ligaçao direta com a obra do artista.

O depoimento de Paulo Coelho, parceiro de Raul Seixas entre 1973 e 1978, numa relação conflitante – “éramos amigos e inimigos íntimos”, disse o escritor numa entrevista em 2007 – é um dos momentos mais marcantes do filme de Walter Carvalho. O cineasta considera a mosca que apareceu de repente durante o depoimento o equivalente, para um documentarista, à sorte que um goleiro tem ao agarrar um pênalti.

O reencontro de Paulo Coelho com Raul Seixas se deu numa das últimas apresentações do roqueiro, quatro meses antes de sua morte, em um show no Canecão, no Rio de Janeiro. O escritor, que estava na plateia, subiu ao palco e cantou com Raul o refrão “Viva, viva, a Sociedade Alternativa”.

No depoimento para o filme, Paulo Coelho diz que não há como explicar o mito em torno do cantor: “O Raul é uma lenda, e lenda não se explica”. 

Para Walter Carvalho, se ainda vivesse Raul Seixas continuaria sendo a metamorfose ambulante, a mosca na sopa. “Eu comparo ele com outro baiano, Glauber Rocha, que se não tivesse morrido cedo também continuaria com o seu espírito provocador. Os dois faziam parte de um mesmo tipo: o artista da contestação que mesmo envelhecendo mantêm a irreverência em relação à questão política e à questão mercadológica.”.

Viva Raul, O Musical

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Viva Raul, o musical

Hoje os escritos e depoimentos gravados do “maluco beleza” percorrem o Brasil na voz do ator Roberto Bontempo, que há 15 anos encena o espetáculo Raul fora da lei – a história de Raul Seixas. A peça é um musical diferente, em que não há o texto de um autor para contar a história do artista.

“Tudo o que eu falo na peça são escritos do próprio Raul. E acho que é por isso que o público se identifica demais com o espetáculo, o que explica a longevidade dele”, comenta Bontempo. O musical, que tem direção de Luiz Arthur Nunes e José Joffily.

Fã de Raul desde jovem, o ator conta que a ideia de montar o espetáculo surgiu quando leu O Baú do Raul, livro que reúne os escritos dos diários do cantor. Organizado pela penúltima mulher de Raúl, Kika Seixas e pelo crítico musical Tárik de Souza, o livro foi lançado em 1992 e desde então já teve sucessivas edições.

“Resolvi fazer o espetáculo para botar o pensamento do Raul no palco. E aí entrei em contato com a família dele, com a filha, com a Kika Seixas, com a mãe do Raul, ainda viva na época. Fui me aproximando das pessoas que conviveram com o Raul. E a partir daí fiz o roteiro do espetáculo, juntamente com os diretores,” conta Bontempo.

Para o ator, Raul Seixas foi uma pessoa muito à frente de seu tempo e isso assegura a atualidade de seus escritos, de suas ideias – como a da Sociedade Alternativa – e de suas músicas. “É uma obra atemporal. O Raul falava do universo, do mundo, de uma forma muito ampla, abrangente, metafórica e isso acaba não envelhecendo. Pelo contrário, se torna eterno”, avalia. 

O espetáculo estará em apresentação única, no dia 04 de julho, no Cine Theatro Brasil. Saiba mais no link:

Frase de Raul Seixas

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“Prefiro Ser Louco, Em Um Mundo Onde Os Normais, Constroem Bombas.”
Frases”

“Só há amor quando não existe nenhuma autoridade.”

 “A desobediência é uma virtude necessária à CRIATIVIDADE

A formiga é pequena, mas elas são um exército quando juntas”

“O sonho do careta é a realidade do maluco.”

Ninguém morre, as pessoas despertam do sonho da vida.

Fonte: Matéria  de Paulo Virgílio – Edição: Valéria Aguiar, para Agência Brasil, onde você pode ler a reportagem completa

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