Shows marcam as comemorações dos 72 anos do MHAB - Santa Tereza Tem
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Shows marcam as comemorações dos 72 anos do MHAB

Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) completou 72 anos no dia 18 de fevereiro e as comemorações presenteiam o público com dois espetáculos musicais nos dias 25 e 26 de fevereiro com entrada franca.

duo valquiria

O espetáculo “Retratos da Canção Brasileira” (quarta-feira, 25, às 19h30) traz o duo de voz e violão, a cantora Valquíria Gomes e o músico Anderson Reis. Por meio de composições dos grandes mestres brasileiros, de Alberto Nepomuceno a Tom Jobim, eles cantam e contam a história da nossa canção popular.

Na construção deste concerto didático, Valquíria Gomes e Anderson Reis selecionaram temas recorrentes no cancioneiro nacional, que serão apresentados por meio de retratos musicais.

Além do nacionalismo (Facetas Nacionais) e de músicas que revelam o fluxo entre o popular e o erudito (Entre Salões e Ruas), mais três temas foram eleitos: “Amor pelas décadas”; “Natureza em canto” (que revela a presença constante da exaltação da natureza como poesia e metáfora para outros sentimentos) e “Chora Viola” (ode à representação do violão e do violeiro, um dos ícones marcantes da música brasileira e imagem recorrente no cancioneiro popular).

Na quinta, 26, às 19h30, a cantora Mônica Pedrosa e o instrumentista Fernando Araújo apresentam as canções do CD e livro de partituras “Canções da Terra, Canções do Mar”.

 O espetáculo “Canções da Terra, Canções do Mar” apresenta uma coletânea inédita de belas e intimistas canções de câmara traduzidas para a sonoridade do violão e da voz, e contempla canções de Villa-Lobos, Claudio Santoro, Guerra-Peixe, Lorenzo Fernandez, Altino Pimenta, Marlos Nobre, Helza Camêu e Waldemar Henrique.

O trabalho envolveu pesquisa de vários anos, cuidadosos e criativos arranjos para o violão realizados por Fernando Araújo a partir dos originais para piano, além da adequação da técnica vocal lírica para a interpretação das canções brasileiras. Um fio temático une as canções escolhidas. Todas elas, de alguma forma, falam de terra e de mar, retratando sentimentos espelhados na natureza, nas florestas, na lua, na imensidão das paisagens. Abrangendo o período que começa na década de 1920 chegando à atualidade, tal repertório perpassa vários momentos da história da canção brasileira, com ênfase na estética nacionalista.

A entrada é franca e o Museu fica à Avenida Prudente de Morais, 202, no bairro Cidade Jardim.

Um pouco de história

Em 1935, o jornalista e escritor Abílio Barreto ao ser convidado para organizar o Arquivo Geral da Prefeitura começou a recolher documentos e objetos que deveriam integrar o futuro museu da história da cidade. A partir de 1941, ele reuniu os acervos de forma mais sistemática e em diferentes suportes, selecionados segundo duas grandes seções: peças originárias do antigo Arraial do Curral Del Rei e peças relativas à nova capital.

Paralelamente, promoveu-se a restauração do prédio escolhido para sediar o Museu: a casa da antiga Fazenda do Leitão, remanescente arquitetônico dos arredores do Arraial do Curral Del Rei. Em 18 de fevereiro de 1943, a instituição foi finalmente inaugurada, com a denominação de Museu Histórico de Belo Horizonte. Em 1967, recebeu a denominação atual, em homenagem a seu idealizador e primeiro diretor.

museu abilio barreto

Com o objetivo de imprimir uma abordagem museológica mais dinâmica, abrangente e sintonizada com as demandas culturais contemporâneas, o MHAB iniciou, a partir de 1993, amplo processo de revitalização institucional, que proporcionou a construção de seu edifício-sede, voltado para a Av. Prudente de Morais, e promoveu a reformulação de sua política de atuação.

 “Desde 2003, o MHAB tem se colocado como Museu da Cidade, o que significa tratar das múltiplas memórias de Belo Horizonte”, conclui a gestora do museu, Célia Alves, que acrescenta como desafios para os próximos anos “a manutenção da qualidade dos trabalhos e a criação de novas reservas técnicas para acolher novos acervos”. 

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