Integrantes do movimento Salve Santa Tereza se reuniram, ontem, 17, na Praça Duque de Caxias para discutir e buscar encaminhamento na luta pela preservação da ADE (Área de Diretrizes Especiais), lei que preserva a qualidade de vida do bairro.
Entre as decisões tomadas está a ida de moradores, hoje, dia 18, às 13h30, à Câmara Municipal, onde acontecerá a reunião da Comissão de Administração Pública. Os vereadores que integram a Comissão irão analisar e aprovar ou rejeitar os encaminhamentos retirados na Audiência Públicarealizada no dia 04 de setembro.
Apesar de o horário ser complicado, os integrantes do movimento convidam os moradores, que puderem, comparecer à Câmara, para conversar com os membros da Comissão: vereadores Professor Wendel, Bispo Fernando Luis, Doutor Sandro, Juliano Lopes e Juninho Paim. Aqueles que puderem ir devem se encontrar no portão 2, entre 13h15 e 13h30.
Decidiu-se também pela apresentação de uma palestra, no dia 25, quarta-feira, à noite, em local a ser definido, para esclarecer a comunidade sobre os vários riscos que a ADE corre devido às ações, que a prefeitura está planejando colocar em prática: Operação Urbana Consorciada (OUC), no vale do Arrudas, abertura da Rua Conselheiro Rocha, que deverá ser transformada em via de tráfego rápido e a transferência do mercado para o Sistema Fiemg/Sesi/Senac.
No caso da abertura da Rua Conselheiro Rocha, várias famílias serão afetadas, pois para seu alargamento serão feitas diversas desapropriações de residências próximas à rua. Isto sem falar no trânsito pesado que irá passar por ali.
No caso do mercado, segundo Lincoln Barros, um dos integrantes do movimento, a prefeitura está descumprindo o que determina a Lei: não pode funcionar no bairro escola, que ocupe mais de 400m² e a Escola Técnica Automotiva d Fiemg ocupará 6 mil. Isto sem falar em irregularidades no processo de assinatura do convênio de cessão do espaço para a Fiemg. Esta flexibilização é, segundo ele, uma violação à lei e caminho aberto para seu fim.
A cada dia, segundo Lincoln, novas pessoas se agregam ao movimento, que está crescendo e envolvendo os moradores. “Mais pessoas se mobilizam pela preservação da ADE, das características culturais, históricas e da qualidade de vida do bairro, repetindo o que a população fez em 1996. quando a lei foi criada.”