Casa Mangaia, Centro Eco-Cultural - Santa Tereza Tem
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Casa Mangaia, Centro Eco-Cultural

Santa Tereza está prestes a ganhar um espaço cultural especial. Instalado em um belíssimo imóvel tombado pelo Patrimônio Histórico,  à  Rua Capitão Procópio, 18, a Casa ManGaia se prepara para abrir as portas para o bairro e trazer consciência ambiental e novas formas de ver a vida. E esse espaço está sendo construído de um jeito diferente.

A Casa ManGaia é um projeto da ONG 4 Cantos do Mundo, que já teve uma sede na Rua Mármore até o ano passado. Agora, as atividades serão desenvolvidas no espaço que abrigou, até recentemente, um hostel – o imóvel pertence a um dos diretores da ONG. “A gente sente que esse imóvel tem que retornar para a cidade, oferecer algo para BH”, afirma Nuno Arcanjo, responsável pela Casa ManGaia.

Segundo Nuno, a previsão é que a casa esteja realmente aberta na segunda metade de maio. Nela, serão desenvolvidas diversas atividades. “Será um centro eco-cultural. Teremos cursos, muita cultura, educação ambiental, autoconhecimento, além de saraus e pequenos shows, sempre com essa pegada ecológica”, explica ele.

O aspecto educativo e uma nova visão de mundo são as marcas da 4 Cantos do Mundo desde sua fundação por universitários em 2002. O projeto começou desenvolvendo atividades na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), e segue com o intuito de trazer consciência ecológica e atitude  – não por um acaso, ManGaia remete a Mãe Gaia.

A casa já recebeu algumas atividades como uma prévia do que está por vir: um curso-mutirão de tinta de terra, onde os participantes aprenderam a técnica e pintaram partes do imóvel; um bate-papo com John Croft, criador da metodologia de criação de projetos Dragon Dreaming; um curso introdutório de dois dias sobre a metodologia. No dia 10 de abril, houve o “Chá com Partilha”.

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“O nome da atividade é uma provocação sutil. Café é uma coisa que remete a trabalho, é um produto mais massificado, já o chá remete a outras coisas”, comenta Nuno. A ideia da atividade é reunir pessoas em um ambiente agradável para compartilhar conhecimentos, sempre em busca de crescimento pessoal e estabelecimento de parcerias. “É um jeito de evitar a ‘curva do esquecimento, como chama o John Croft: se você aprende algo e não transmite isso para ninguém, com o tempo você esquece”.

A filosofia por trás do método Dragon Dreaming é central para o projeto da Casa ManGaia. “Acreditamos que estamos deixando o individualismo aos poucos, voltando para um jeito de pensar e agir mais coletivo. O Dragon Dreaming também prega isso”, comenta Nuno Arcanjo. A casa está aberta para colaborações e uso do espaço para outros eventos.

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A relação com Santa Tereza é outra preocupação de Nuno. “Queremos retomar nossa feira de produtos orgânicos, a Terra Viva. Em nossa outra sede, foi a atividade que mais nos aproximou do bairro. Também gostaríamos de estabelecer uma relação de diálogo com os vizinhos, com a Vila Dias aqui atrás”. E acrescenta, com um sorriso: “O bairro vai conhecer nossas atividades e as pessoas vão se reunir”

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