Os dias de palhaçada se foram, mas alegrar a vida dos outros continua a ser a vocação de Wladimir dos Santos Costa. Mais conhecido como Palhaço Bibica, o artista atua como Papai Noel em entidades de caridade e escolas e, recentemente, ajudou no resgate da Folia de Reis no bairro Santa Tereza. “Fui palhaço por mais de vinte anos, mas agora estou parado. Como Papai Noel, são 25 anos. Nos últimos sete anos ajudei o Grupo de Apoio a Portadores de Câncer”, conta Wladimir, com orgulho.
Morador do Santa Tereza durante toda a vida, Bibica, como pede para ser chamado -“Senão ninguém vai saber que sou eu”-, atualmente em seu ateliê, que é também sua casa, trabalha com artesanato, em particular a caligrafia e o quilling, uma técnica que usa o papel para criar as mais variadas formas. “Sempre mexi com artesanato. Pego uma coisa e aprendo a fazer, não tenho nenhuma formação, só um curso de caligrafia”, afirma ele.
Com o quilling ele produz convites, cartões personalizados para datas comemorativas, de agradecimento, capas para álbuns de fotografia e tudo o mais que a imaginação sugerir. E com esmero subscrita convites de casamento, formatura e o que o cliente precisar.
Foi a habilidade artística que aproximou Bibica da Folia de Reis que estava sendo preparada por alguns membros da paróquia do bairro. “Já
conhecia algumas pessoas. Um dia veio o pedido para que eu fizesse o estandarte. Aí me pediram para ajudar com as roupas da folia. Quando vi, perguntaram se eu não saía como palhaço e lá estava eu!”, conta. E já existem planos para o próximo ano: “Queremos começar os preparativos antes, bolar tudo direitinho. Para esse primeiro ano foi muito bom, mas queremos melhorar”, revela o palhaço.
Segundo ele, a iniciativa gerou resultados positivos. Durante os nove dias da folia, os integrantes arrecadaram contribuições, que foram repassadas para a paróquia. Mas também houve momentos que, para Bibica, foram inesquecíveis: “Acho que o mais legal foi a confraternização por todos os lados do bairro, a criançada correndo atrás”. E houve também um encontro especial com a folia do bairro Jaraguá, que o artista classificou como “incrível”.
Enquanto sua casa está cheia de peças de artesanato, as roupas de palhaço estão guardadas. Enfático,
Bibica diz que ele, o palhaço, está cansado. “Morrer ele não morreu não [o personagem], talvez um dia ele volte”.
No momento, Wladimir está mais ocupado com suas peças de caligrafia e quilling e ministrar aulas da técnica. Ele atende crianças de 6 a 15 anos na Casa do Homem de Nazaré, no bairro Pompéia, e também oferece o curso para demais interessados.
O telefone para contato é 9603-8844 e você pode conferir seu trabalho no site https://labellart.blogspot.com.br