Fazer o Santa Tereza Tem me dá chances de conhecer diferentes pessoas e suas histórias, que anonimamente, agem no silêncio em prol da comunidade e do bem.
E uma dessas histórias é da Paula Andréa Gomes Vieira, que, que reside em Santa Tereza desde os 11 anos, quando os pais mudaram do Sion para cá. Ela sempre trabalhou com moda, já teve lojas e confecção, fardaria e atualmente trabalha para lojas, fazendo camisas infantis e consertos em roupas finas. Então ela aproveitou sua habilidade no ofício de costureira e alfaiataria, para fazer o bem nesse período de pandemia.
Assim, ela está confeccionando máscaras para doação para população em condições de rua e também para a venda, para complementar a renda da família.
E haja máscaras, só nesse mês já foram distribuídas 140 e nessa última quinta-feira, ela cortou mais 100 em TNT verde para doar às pessoas, que vivem nas ruas do Centro de Belo Horizonte. O uso do TNT nesse caso, segundo ela, é porque essa população não tem como lavar as máscaras, então elas têm de ser descartáveis.
A entrega ela faz aleatoriamente para aqueles que dormem ao relento nas esquinas. “Deixo ao lado deles quando estão dormindo”, conta Paula. Assim quando eles acordam encontram a máscara, sem saber de onde veio.
A história da solidariedade é marca da família de Paula Andrea, uma herança que passa de mãe pra filha. “Na minha casa sempre bate gente pedindo e mamãe sempre foi de ajudar muito. É alimento, cestas básicas. E gente continua a doar, e quanto mais a gente dá, mais recebe”.
A venda ela faz sob encomenda para empresas e também para quem precisar. Já essas máscaras são de algodão, laváveis e reusáveis. Tem de tudo quando é padrão e cor e especiais para criança. As de idosos veem com uma manta entre o algodão.
Para divulgar seu trabalho a Paula Andrea colocou algumas máscaras na grade de sua casa. Muitos disseram pra ela que as pessoas iriam levar. Mas ela arriscou e, pra surpresa de todos, as máscaras continuam lá na grade. Para encomendar é só ligar para 98968-2649
