Abaixo-assinado em apoio ao Carlos Florista
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Abaixo-assinado em apoio ao Carlos Florista

Abaixo-assinado em apoio ao Carlos Florista já chegou a mil assinaturas

carlos gente

 O movimento “Vamos cobrir Santê de flores”, apesar de marcado para as 11 horas, neste domingo, começou mais cedo, quando as pessoas, que saíram da missa das 10h,fizeram fila para colocar seu nome no abaixo-assinado. Até às 15 horas havia mil assinaturas. Muita gente ainda levou pra casa folhas para recolher assinaturas dos vizinhos e parentes, que estão viajando no feriado ou não puderam participar.

Carlos Geraldo, o Florista de Santê, emocionou-se com as demonstrações de amizade e carinho. “Conheço todo mundo por aqui, afinal são 23 anos percorrendo as ruas e as casas e cuidando dos jardins. Mas foi uma grata surpresa ter tanta gente aqui me dando apoio. Saber disso me traz muita alegria, coisa que ultimamente não tenho sentido”, comenta ele

beatriz fonseca

A menina Beatriz Fonseca, 10 anos, veio com os pais, dar apoio ao Carlos e mandou um recado para a prefeitura: “ A gente quer o florista aqui na Praça com as flores pra deixar todo mundo mais alegre. Não queremos mais concreto, não queremos que derrubem mais árvores, queremos plantas e flores.”

renato entrevistado

Renato Pimenta, não mora em Santa Tereza, mas trabalha aqui em uma empresa de contabilidade e sempre vê o Carlos com suas flores. Ele diz que “estou indignado com essa situação. Ele é um homem de caráter e apenas quer ter o seu direito de trabalhar honestamente. Não atrapalha ninguém. Deve haver uma forma de regularizar sua situação. Por isso vim aqui para assinar o documento de apoio a ele”.

Lúcia Maria, moradora da Rua Pirolozito, concorda com Renato e complementa que “Carlos faz parte do bairro e pode ser considerado um patrimônio histórico e se tivesse jeito deveria ser tombado.  Quando ele está aqui na praça, este cantinho ganha mais vida e cor com suas flores. Se ele estivesse vendendo drogas ou coisas roubadas, mas não, ele vende flor e flor é vida. Se todo mundo vendesse flor a cidade seria mais humana”.

luciana

Já Luciana Matias, moradora da Rua Eurita e professora de arte, veio com as duas filhas pequenas, e explica  que “a gente conhece  Carlos há muitos anos. Ele não incomoda ninguém, pois quem trabalha não atrapalha. Faz parte dessa Praça e é um patrimônio do bairro.  Dever ter um jeito da prefeitura tornar legal sua atividade, pois ele tem de voltar a encher de alegria as ruas do bairro e continuar a ganhar a vida honestamente”.

carlos e
Josefina Maria e Carlos Geraldo

“Há muitos anos compro flores na mão do Carlos, já é um amigo da família. Ele é uma figura fora de série e já faz parte da cultura e da paisagem de Santa Tereza. Por mesa na praça pode, mas um simples carrinho de flores a prefeitura multa. Vai entender”, assim Josefina Maria de Oliveira Ramos, moradora da Rua Eurita, expos sua indignação.

Segundo Pedro Martins, produtor cultural e um dos criadores do movimento na internet, “conheço o Carlos desde minha adolescência, quando ele guardava o carrinho de flores na casa de minha avó, na Rua Mármore. Nosso objetivo é salvaguardar o seu direito de continuar a trabalhar e regularizar a sua situação. A ideia é entrar na câmara dos vereadores, já na terça-feira, com um projeto de lei para uma emenda no código de posturas para incluir permissão da a venda de flores na rua.

Enquanto isso o abaixo-assinado continua correndo e deverá ser entregue na Regional Leste, na segunda, dia 09 de novembro, pois a meta é conseguir no mínimo três mil assinaturas.”

Reportagem e fotos: Eliza Peixoto

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