Personagens icônicos do cinema desfilaram por Santa Tereza neste sábado. Princesa Léa, Branca de Neve, Fada Sininho, Indiana Jones, Chaves, Pantera Cor de Rosa, Obelix e mais um tanto de heróis, pedindo passagem pelas ruas de Santê com o Bloco Queimando o Filme.
Ao som temas musicais do cinema em ritmo de carnaval e marchinhas tradicionais, o bloco atraiu crianças, jovens, idosos, todo mundo dançando ao som da bateria e instrumentos de sopro. A concentração foi na porta do MIS Cine Santa Tereza e seguiu pelas Ruas Mármore, Tenente Durval, Eurita, Quimberlita e terminou na Mármore com Dores do Indaiá, em frente à Estação do Metrô.
Idealizado por produtores e profissionais do cinema e audiovisual de Belo Horizonte, o bloco homenageou este ano o MIS Cine Santa Tereza, espaço cultural do bairro, que ficou fechado por muitos anos e custou muita luta da comunidade para ser reaberto.
O publicitário Cadu Esteves, um dos organizadores do bloco, conta que “desde 2014, os amigos da área de produção audiovisual se reúnem para curtir o carnaval, no Bairro Santo Antônio. Este ano trocamos os morros do Santo Antonio pela tranquilidade de Santa Tereza em uma homenagem ao Cine Santa Tereza e também porque a gente ama o bairro. Viemos sem “muvuca”, bloco pequeno e cuidando da limpeza e respeitando os moradores”.
A magia de Santê
O jornalista Marcelo Fiuza, morador de Santa Tereza, vestido de Tio Funério, do filme Família Adans, ele faz parte da bateria. “Antes eu fugia do bairro no carnaval, agora tô de volta e a caráter, pois o carnaval aqui está mais tranquilo. Veja, só tem paz e alegria”.
A designer de produtos, Gabriela Duarte, veio do Bairro Serra aproveitar a manhã ensolarada. “Sempre acompanho este bloco, que é bem legal. Gosto de blocos menores sem muita badalação. E o Bairro Santa Tereza é tranquilo e dá pra gente acompanhar o cortejo, se divertir, sem confusão. Além do mais adoro este lugar”.
A jornalista e produtora cultural, Cristina Lima, carnavalesca desde que se entende por gente, veio aproveitar a folia junto com o filho Maurício Lima, que faz parte da bateria. Ela se entusiasma ao comentar sobre o bairro: “Santa Tereza tem cultura, história, bons restaurantes e bares e carnaval. Mas antes de tudo, tem pessoas, que aqui vivem e amam o bairro. É isso que o torna diferente dos outros bairros de Belo Horizonte. Os moradores falam de “boca cheia”, eu vivo em Santa Tereza. É esta a magia de Santê, o amor das pessoas pelo lugar”.
Este bloco, ela continua, “é um dos mais interessantes, tendo como tema os clássicos do cinema. Mineiro é criativo e talentoso até no carnaval”.
Grades nos jardins
Só faltou uma coisa pra festa ser completa: a prefeitura fazer o gradeamento dos canteiros da Praça Duque de Caxias. Apesar de todo cuidado do Bloco e a concentração não ter sido na Praça, mas em frente, ainda assim, algumas pessoas atravessavam pela grama. É preciso urgente o gradeamento do local, para a preservação das plantas e gramados.
Por onde passava o Bloco contagiava as pessoas. O Daniel do Restaurante Sheridan e o pessoal do Lava Jato abriram as torneiras e refrescaram os foliões, enquanto a turma do Roque Presentes, aproveitou a hora do almoço pra sambar um pouquinho pelo menos.
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