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Trio Amaranto lota o MIS Cine Santa Tereza

Trio Amaranto lota o MIS Cine Santa Tereza em exibição de DVD do grupo

O público lotou a sala de exibição do MIS Cine Santa Tereza, na última sexta-feira, dia 1º de julho, para assistir em primeira mão ao DVD/Documentário do grupo mineiro, Trio Amaranto. Produzido no final de 2016, o DVD foi resultado da participação de contribuições particulares, por meio de financiamento coletivo. Composto de recortes do dia a dia das artistas, permeando as canções, contou com arranjos orquestrais de Alexandre Guimarães, Cláudio Lage e Renato Goulart, a Orquestra de Câmara de Ouro Branco e o Coral Infantil da Casa de Música de Ouro Branco e  regência do maestro Charles Roussin.

Depois da exibição houve um bate papo sobre como foram feitas as gravações e arranjos musicais e o trio deu uma “canja”, cantando à capela, a composição San Vicente, de Milton Nascimento e Lô Borges.

O Trio Amaranto é formado pelas irmãs Ferraz, Flávia, Lúcia e Marina. Segundo Flávia, a mais velha, que elas brincam de ser a “chefa”, comenta que “foi uma oportunidade acolhedora poder exibir nosso DVD na integra pra todo mundo, aqui no cinema de Santa Tereza”.

Trio Amaranto na entrada do MIS Cine Santa Tereza Foto: Júlia Duarte

Lúcia a irmã do meio, completa que “estar aqui é especial, primeiro porque Santa Tereza é um lugar onde muita gente gostaria de morar. É um bairro onde a gente pensa assim: minha casa devia ser aqui, onde ainda se sente a vida da cidade antiga. Segundo por ser um cinema de rua nesse bairro tão gostoso. Somos da época em que se frequentavam os cinemas de rua e essa é uma forma de retomar a história. Isso aqui é uma coisa tão bonita que não pode deixar morrer esse espaço”. Além disso, a caçula, Marina ressalta que pra todo mineiro o Santa Tereza tem importância na música brasileira e tem assim um significado especial elas estarem aqui.

Sobre as influências de outros artistas no trabalho delas, Lúcia comenta que “o Clube da Esquina teve muita importância pra gente, era muito cantada por nossos tios e hoje a gente tem a graça e a sorte de conviver com esses artistas que a gente ouvia muito na nossa infância. Tivemos a influência de Chico Buarque e Tom Jobim, marca que recebemos de nossa mãe.  De nosso pai tivemos o Elvis Presley e vários conjuntos vocais. A lista seria inominável tantas as influências que marcam a construção de  nosso trabalho”.

 

Um pouco da história do grupo

Trio Amaranto: Marina, Lúcia e Flávia (da esquerda para a direira) Foto: Júlia Duarte

Destaca-se no grupo, não apenas a sintonia das vozes, onde uma preenche a outra, mas também a amizade e  comportamento. Mas um ponto em comum é a alegria.  Marina. “A gente sempre foi um trio. Nossos pais nos passaram o valor da união de forma natural. A gente sempre teve o hábito de nos divertir juntas e não faltava a brincadeira do programa de rádio. Tivemos mais dificuldade de descobrir as individualidades e as diferenças do que as afinidades que são muitas”. Ela lembra que “a gente começa a cantar no carro, durante as viagens e meu pai não resistia e falava – canta canarinhas! Mas nada foi forçado ou impositivo e não havia aquele negócio de exibir a gente. Tudo foi caminhando de forma natural”.

A adolescência, diz Flávia, foi o estopim pra cantar profissionalmente, quando os amigos adolescentes começaram a descobriam a música no final de 80 e início de 90. “A gente se juntava para ouvir música e começamos de brincadeira a tocar em nossas festinhas e saraus e também para as famílias. Daí, pra os bares, foi um pulo. A gente viveu isso na brincadeira e acabou dando certo”.

Mas antes de existir o Amaranto, elas lembram que Flávia e Lúcia tiveram a banda Flor de Cal, da qual Marina participava colaborando nos arranjos, já que era bem mais nova. “Quando a Flor de Cal acabou, em 1998, a gente se juntou pra fazer um repertório pra tocar em bar. Eu já tinha 16 e dava pra ir junto.”

O primeiro lugar onde tocaram profissionalmente foi no bar Mister Biffe, no Santo Agostinho. “Tocamos lá com o Amaranto por dois anos, quinzenalmente, antes de gravar nosso primeiro CD.  Temos hoje uma cena mais agitada, mais gente envolvida com música, mas a cidade precisa a voltar a encontrar os espaços para a musica ao vivo acontecer com a tranquilidade de antes. Surgimos no contexto da cidade movimentada, todo mundo saindo à noite. Isso já vai fazer 20 anos em 2018”.

Segundo “as meninas”, está programado para este ano ainda a apresentação de um show baseado no repertório do DVD. Quem quiser se antecipar e, além das músicas, conhecer fatos do dia a dia do grupo, o DVD está à venda no site do Amaranto a partir do dia 10 de julho.    E trechos podem ser vistos no canal do Youtube.

Apresentação do Trio Amaranto, no MIS Cine Santa Tereza

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