Brincadeira de roda no “Largo do Orlando” - Santa Tereza Tem
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Brincadeira de roda no “Largo do Orlando”

Brincadeira de roda no “Largo do Orlando”,  com o Grupo Coco da Gente

Brincadeiras de Roda_Bruno Figueiredo
Brincadeiras de Roda- Crédito da foto: Bruno Figueiredo

Todo mês tem batuque  em frente ao Bar do Orlando (Praça Ernesto Tassini), onde já virou costume a boa roda de capoeira, acompanhada de samba, ciranda e de muito coco, ritmo típico do nordeste brasileiro. Tudo isso no embalo do Grupo Coco da Gente, natural de Santa Tereza e consagrado entre os amigos e admiradores.

A Brincadeira de Roda surgiu das rodas de capoeira realizadas, no local chamado carinhosamente pelos participantes de “Largo do Orlando”. À capoeira juntou-se o samba de roda e  depois chegou o Coco, aí chegou a Ciranda. Os encontros, que ocorrem há dois anos, tornaram-se compromissos que ninguém quer perder. Iniciado pelo grupo de capoeira Aprendendo Angola e seus amigos, nunca faltou um samba após as rodas de capoeira.

É aqui que  entra o capoeirista e percussionista Pedro Campolina,  motivando e aplicando o ritmo do coco nas rodas. Dessas brincadeiras se formou o  grupo Coco da Gente, composto pelo Pedro e os amigos Camilo Bernales, Danilo Amarelo, Fabrícia Oliveira e Jéssica Tamietti. “Quando paramos para ver o tanto de brincadeiras de roda que fazíamos ali, não teve jeito, paramos de chamar a roda de Capoeira e batizamos de Brincadeira de Roda. O objetivo é simples: pôr na rua a cultura que é da rua, do povão, com muita alegria e respeito, sem violência”, diz Pedro.

Segundo Campolina, os encontros são sempre positivos e motivantes, já que normalmente a turma se joga. “Quem conhece e quem não conhece o coco acaba sendo contagiado e caindo na brincadeira. Isso é que nos dá força para seguir”, afirma o percussionista com entusiasmo, contando também que a alegria do povo ao brincar na roda e os convites interessantes, que têm surgido são as maiores conquistas para o grupo.

Mesmo não sendo de nenhuma comunidade “coquista”, o grupo tem a liberdade e ousadia de estudar diversas formas de se tocar, pisar, dançar, brincar e cantar. Quem vai às suas apresentações tem a oportunidade de conhecer um jeito próprio e único dessa rica manifestação cultural, assistindo às diversas formas de se brincar nesse ritmo, sem faltar também o Samba de Roda, a Ciranda e o Baião!

Grupo Coco da Gente

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Grupo Coco da Gente- Foto de Beth Freitas

Partindo de uma brincadeira, o Grupo Coco da Gente de certa forma esta  se profissionalizando. Seus integrantes têm procurado aprender com os mestres. Segundo Pedro, um dos trabalhos mais interessantes realizados foi uma viagem de pesquisa no nordeste, em janeiro desse ano. Lá beberam na fonte de diversos guardiões dessa arte, visitando e tocando com vários deles, em Maceió-AL, Olinda, Tabajara, Igaraçu, Arcoverde e Garanhuns-PE.

Ele destaque alguns desses mestres como “Selma do Coco e Pombo Roxo, que foram pra Aruanda, ou seja, passaram dessa pra melhor. Além deles tem a Dona Zeza do Coco em Maceió; Dona Glorinha, Pacheco, Arnaldo e Juarez em Olinda; Ulisses na Tabajara; Cosminho em Igaraçu; e as famílias Calixto e Gomes em Arcoverde”

O grupo já apresentou-se em Já tocamos em Rosário, na Argentina, no Festival de Inverno da UFMG 2014, Festival de Férias de Milho Verde 2014, Festival Internacional Circovolante em Mariana, em 2014, Festival de Inverno de São Gonçalo do Bação 2015, Festival Cultura Sem Fronteiras em Alegre-ES em 2014, Mundialito de Rolimã 2014 e Festival Boi da Macuca em Garanhuns-PE e  na Virada Cultura de BH. No carnalval 2016, em Santa Tereza, o grupo saiu às ruas e arrebatou centenas de pessoas pelas ruas do bairro.

Para quem não quer ficar de fora dessa brincadeira, o encontro será na próxima sexta-feira, 22 de julho, no “Largo do Orlando”,  em frente à Praça Ernesto Tassini, a partir das 21h.

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