Santarezenses curtem Paul MacCartney - Santa Tereza Tem
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Santarezenses curtem Paul MacCartney

Santarezenses curtem Paul MacCartney e reclamam do transporte

Entre as cerca de 50 mil pessoas, que foram ontem assistir ao show de Sir Paul MacCartney no recém inaugurado Mineirão, estavam também santaterezenses beatlemaníacos, que não poderiam perder a oportunidade única.

Entre eles, a estudante de veterinária Letícia Peixoto Vale, que se emocionou com o que viu e aproveitou ao máximo o show. “Foi maravilhoso, bem melhor do que os que aconteceram em São Paulo e no Rio. Mas o serviço de transporte público foi um lixo. Não havia ônibus comum, somente os executivos, em que as pessoas pagaram mais caro e antecipado. Então só elas poderiam embarcar. Tinham de ter colocado coletivos comuns, como a linha 2004, para trazer o pessoal até o centro. Não havia táxi e foi um caos a volta. Tinha gente, morador de BH, procurando hotel na região porque não via como vir pra casa.”

Maurício José Soare

E ela continua, “eu não cheguei. Acabei dormindo na casa de amigos, que moram na Pampulha e tivemos de ir a pé, andamos pelo menos uns três quilômetros! Imagina como será na Copa!”

O médico fisiatra, músico e também morador do bairro, Maurício José Soares, estava na Praça Duque de Caxias com o filho Vinícius, durante o projeto “Leitura na Praça”, vestido com a camisa feita especialmente para ir ao show.

A ilustração da camisa, idealizada por ele, na frente traz a placa da esquina do Clube da Esquina (Rua Divinópolis com Paraisópolis) e a caricatura de Milton Nascimento perguntando ao Paul: “E aí Paul, você veio falar uai? Paul responde: “Why?”  Então a caricatura de Tavito diz: “Ele veio cantar as canções que a gente quer ouvir”. Na parte de traz vem a letra de Rua Ramalhete de Tavito e Nei Azambuja.

O show, segundo ele, superou as expectativas, mas criticou o transporte público, que deixou muita gente na mão. “Fica difícil. Não tem como ir de carro e de ônibus também não. Foi uma falha imperdoável. Durante a Copa eu vou tirar férias e sair, pois isso aqui vai ser o caos

Rua Ramalhete

(Tavito e Azambuja)

Sem querer fui me lembrar
De uma rua e seus ramalhetes,
O amor anotado em bilhetes,
Daquelas tardes.
No muro do Sacré-Coeur,
De uniforme e olhar de rapina,
Nossos bailes no clube da esquina,
Quanta saudade!

Muito prazer, vamos dançar
Que eu vou falar no seu ouvido
Coisas que vão fazer você tremer dentro do vestido,
Vamos deixar tudo rolar;
E o som dos Beatles na vitrola.
Será que algum dia eles vêm aí
Cantar as canções que a gente quer ouvir?

.”

 

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