Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher - Santa Tereza Tem
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Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher

Texto e seleção musical de Larissa Peixoto

O Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher é uma data para reflexão sobre a desigualdade que ainda se mantém entre os gêneros e contra o machismo e a misogenia. Aquela história de em briga de marido e mulher ninguém mete a colher, é fake. A gente mete a colher sim, e denuncia. Isso pode salvar vidas.

Mulheres recebem menos que homens;
mulheres têm menos acesso a posições de poder, na política e na economia;
mulheres ainda são as principais responsáveis pelo cuidado com a família e com a casa;
mulheres ainda são sujeitas a assédio no espaço público, seja no trabalho ou na rua;
mulheres ainda estão sujeitas à violência doméstica, quando nem mesmo seus pais ou parceiros as vêem como seres humanos;
mulheres ainda são objetificadas na mídia e suas opiniões são descartadas; no mundo todo a milhões de meninas são negados acesso à educação básica;
milhões de meninas são sujeitas a casamentos forçados antes dos 18 anos;
mutilação genital feminina é uma prática ainda muito recorrente; prostituição forçada é um problema que parece somente crescer.

Todas essas violências somente pioram quando olhamos para mulheres não-brancas, que ainda enfrentam o racismo, mulheres lésbicas, que enfrentam homofobia, mulheres e homens trans que enfrentam transfobia, mulheres de classes econômicas mais baixas, que lutam pela própria sobrevivência.

Diagnóstico da violência

Em agosto de 2021, foi divulgado o Diagnóstico de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher pela Diretoria de Estatística e Análise Criminal da Polícia Civil, segundo o qual entre 2017 e 2021, uma média de 12 mulheres foram mortas por mês em Minas Gerais. O que é um dado aterrador.

Ainda que quase 90% das vítimas de feminicídio no estado entre janeiro de 2019 e junho de 2021 não tinham requerido medida protetiva de urgência.

Conforme a coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAOVD) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), promotora de Justiça Patrícia Habkouk, “em Minas Gerais, vem ocorrendo o mesmo que em outros estados brasileiros: as mulheres que pedem as medidas previstas na Lei Maria da Penha são salvas. Garantir a esse grupo o acesso à proteção legal é um desafio constante, especialmente em tempos de pandemia”, salienta.

Neste cenário, a pergunta que se impõe é: por que muitas mulheres ainda não procuram ajuda das autoridades responsáveis? A última edição da pesquisa “Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o instituto de pesquisas Datafolha, ajuda a esclarecer a questão. De acordo com o estudo, 32,8% das entrevistadas disseram ter resolvido sozinhas a situação; 16,8% julgaram que o caso não era importante a ponto de acionar a polícia; 15,3% não quiseram envolver a polícia; 13,4% tiveram medo de represálias por parte do autor da violência; 12,6% não tinham provas para acionar a polícia; 5,6% afirmaram não crer nas instituições policiais; e 2,7% tiveram seu deslocamento dificultado pela pandemia.

Para Patrícia Habkouk, a garantia do acesso das mulheres às medidas de segurança exige investimentos do Estado em campanhas educativas, na reestruturação dos serviços de atendimento à mulher, inclusive os de assistência social, além da incorporação da questão do gênero no atendimento das vítimas, do acolhimento e do encaminhamento dessas mulheres e de se dar maior credibilidade à palavra delas. ( Informações retiradas do Portal do Ministério Público de MG)

Play list (clique aqui para ouvir)

Hoje é um dia para refletir sobre estes padrões que ocorrem no Brasil e no mundo e pensar como podemos lutar contra essas violências, inclusive no nosso cotidiano. O que você faz para se empoderar? Como você busca ser tratada com respeito e dignidade? O que você faz para apoiar sua mãe, sua irmã, sua filha, sua parceira, suas amigas?

O Santa Tereza Tem fez uma seleção músicas brasileiras como forma de reflexão.. São músicas que nos lembram a força feminina a obstinação e de algumas grandes mulheres da música brasileira. Não deixe que o mundo te determine. Mulher, lute!

Onde procurar ajuda ou denunciar

Em Santa Tereza fica o Benvinda Centro de Apoio à Mulher à ua Hermilo Alves, 34

Disque Denúncia Nacional (Central de Atendimento à Mulher): 180 (sigilo completo do denunciante)

Disque Direitos Humanos Estadual: 0800 31 11 19 (sigilo completo do denunciante)

Benvinda – Centro de Referência Bem Vinda de Belo Horizonte 

Orienta mulheres em situação de risco e, se necessário, encaminha à Casa Abrigo Sempre-Viva . O endereço da Casa Abrigo Sempre-Viva é sigiloso e ela recebe filhos menores de 18 anos.

Rua Hermilo Alves, 34 – Santa Tereza – BH/MG – cep 30.110-060

Telefones: (31) 3277.4379 / 3277.4380   Fax: (31) 3277.9758

CAVIV – Centro de Apoio às Vítimas de Violência Intra-familiar de Belo Horizonte 

Rua Espírito Santo, 505 – Centro – BH/MG – cep 30.160-030

Telefone: (31) 3277.9761   Email: caviv@pbh.gov.br

 NAVCV – Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos de Minas Gerais

Rua da Bahia, 1.148 – sala 331 – Edifício Maleta – Centro – BH/MG – cep 30.160-906

Telefone: (31) 3214.1897 / 1898   Fax: (31) 3214.1903   Email: crimesviolentos@yahoo.com.br

Centro Risoleta Neves de Atendimento à Mulher de Belo Horizonte

Rua Pernambuco, 1.000 sl. 18, 21 e 22 – Bairro Funcionários – BH/MG – cep 30.130-150

Tel: (31) 3261.0696 / 3236 / 4421  Fax: 3261.7971  Email: coordenadoria.mulher@social.mg.gov.br

Conselho Estadual da Mulher

Rua Pernambuco, 1000 – Funcionários – CEP: 30130-150

Horário de funcionamento: 2ª a 6ª de 08h às 12h e 14h às 18h

Telefones: 3261-0696/ 7971

Delegacia especializada de crimes contra a mulher

Rua Tenente Brito Melo, 353 – Barro Preto – CEP: 30190-002

Horário de funcionamento: 8h30 às 18h30

Telefones: 3330-1760/ 1763

 Curso Para Capacitação e Geração de Renda Para Mulheres

Rua Pernambuco, 1000 – Funcionários – CEP: 30130-150

Horário de funcionamento: 2ª a 6ª de 08h às 12h e 14h às 18h

Telefones: 3261-0696/ 7971

 Centro de Referência em Violência Doméstica e Exploração Sexual

Rua Santo Agostinho, 1271 – Instituto Agronômico – CEP: 31035-490 / Horário de funcionamento: 2ª a 6ª de 8h às 18h

Telefone: 0800-2831244

 Coordenadoria Municipal de Direitos da Mulher

Rua Espirito Santo,505, 9º andar,Centro

Telefone: (31) 3277-9758 / Fax: 3277-9754 / E-mail: comdimbh@pbh.gov.br

Disque Cidadã – Central de atendimento às mulheres de Belo Horizonte.

Telefone: 3277-4755 / Atendimento: 2ª a 6ª de 8h às 18h

Cidadania da Mulher

Telefone: 3277-4571

 Atendimento/acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica – Pastoral da Mulher Marginalizada de Belo Horizonte 

Rua Bonfim, 762, Bonfim

Rua Além Paraíba, 228, Lagoinha

Telefones: 3422-5968/ 3428-8115/ Fax: 3221-8923 / E-mail: apmmbh@yahoo.com.br

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