Eliza Peixoto
Não acredito que as pessoas desapareçam assim simplesmente. Como o escritor Guimarães Rosa, acredito que eles se encantam e permanecem vivas na memória daqueles a quem amou, a quem foi grato, a quem deu a mão. Por isso eu digo que Seu Geraldo Goretti, um dos mais antigos moradores de Santa Tereza (ele completaria 99 anos em fevereiro) encantou-se.
Eu o conheci, quando, por meio de sua filha Fátima, ele recebeu-me em sua casa, há dois anos, e com carinho relembrou e contou diversas histórias vividas por ele no bairro, resgatando assim fatos que estavam esquecidos ou desconhecidos.
Entre risos e até lágrimas ele recordou fatos da infância, as brincadeiras de sua época, seu trabalho na Rede Ferroviária, o casamento e o nascimento dos filhos. Contou-nos sobre o Hospital do Isolamento, dos bondes e outras histórias mais.
Foi para mim um prazer e gratificante ter tido a chance de conhecê-lo. Ao final de nosso bate papo, ele encerrou a conversa com a frase: “Não posso reclamar, cumpri a minha parte, sou um homem feliz”!
Clique aqui e saiba mais sobre ele na reportagem “Santa Tereza pela memória de Geraldo Goretti”