Quarenta anos depois - Santa Tereza Tem
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Quarenta anos depois

Quarenta anos depois é o artigo. em que o jornalista Carlos Felipe Horta lamenta a mudança de rumo da Rádio Guarani e comenta sobre a derrocada do império de Assis Chateaubriand. Recomendamos para entender o melhor a história deste império a leitura do livro Chatô – O rei do Brasil, do jornalista Fernando Morais (Eliza Peixoto)

radio gua

 Amanhã, uma emissora de rádio deixa de existir, pelo menos do jeito que é. A Rádio Guarani FM que, após o fim da Guarani AM, tornou-se um marco na qualidade musical. Vendida (dizem alguns que é aluguel) para uma empresa paulista religiosa, a Guarani FM é mais uma que desaparece do antigo Império criado por Assis Chateaubriand.

Curiosamente, exatamente há quarenta anos, em 1975, os Associados editaram uma revista com o título de “BRASIL – Comunicação e Perspectiva” e a “Presença das Emissoras e Diários Associados” mostrando o seu alcance em todo o Brasil. Em português e inglês, eram apresentados todas as suas televisões, rádios e jornais:

 TVs: Borborema (Campina Grande- Paraiba), Baré (Manaus- Amazonas), Morena (Campo Grande- Mato Grosso), Cultura (Florianópolis- Santa Catarina), Paraná (Curitiba- Paraná), Tupi (São Paulo), Piratini (Porto Alegre- Rio Grande do Sul), Marajoara (Belém- Pará), Rádio Clube (Recife- Pernambuco) Brasília (Distrito Federal), Goiânia ( Goiás), Ceará (Fortaleza), Itapoan( Salvador- Bahia), Itacolomi e Alterosa (Belo Horizonte), Uberaba (Minas), Vitória (Espírito Santo) e Tupi (Rio de Janeiro).

Assis Chateaubriand

Emissoras de rádio: Baré (Amazonas), Marajoara (Pará), Rádio Clube (Fortaleza), Rádio Araripe (Crato), Gurupi (São Luiz- Maranhão), Poti (Rio Grande do Norte), Cariri e Borborema (Campina Grande- Paraíba), Progresso (Maceió- Alagoas), Sociedade da Bahia (Salvador), Rádio Clube (Vitória), Difusora (Terezina- Piaui), Rádio Clube e Tamandaré ( Recife – Pernambuco), Planalto (Distrito Federal) , Tupi e Tamoio (Rio de Janeiro), Farroupilha (Porto Alegre- Rio Grande do Sul), Tupi e Difusora (Rio de Janeiro) , Rádio Clube (Goiânia), Guarani e Mineira (Belo Horizonte) e Sociedade (Juiz de Fora).

Jornais: Jornal do Comércio (Manaus), A Província do Pará (Belém), O Rio Branco (Acre), Alto Madeira (Porto Velho- Rondônia) Correio Braziliense (Distrito Federal) , Folha de Goiás (Goiânia), Diário do Paraná (Curitiba), Diário de Notícias (Porto Alegre), A Razão (Santa Maria), O Imparcial (São Luiz), Diário de Pernambuco (Recife), Jornal de Alagoas (Maceíó), Correio do Ceará e Unitário (Fortaleza), Diário de Natal e O Poti (Rio Grande do Norte), O Norte (João Pessoa), Diário da Borborema (Campina Grande), Diário de Notícias (Salvador), Jornal do Comércio (Rio de Janeiro), Monitor Campista (Campos), Diário de São Paulo e Diário da Noite (São Paulo), Diário Catarinense (Florianópolis), A Nação (Vale do Itajaí), Jornal de Joinville), Estado de Minas e Diário da Tarde (Belo Horizonte) e Diário Mercantil e Diário da Tarde (Juiz de Fora).

Revistas: O Cruzeiro, O Cruzeiro Infantil e A Cigarra.

Devido a injunções legais, mudanças de perspectivas, concorrência, novas visões empresariais, queda de faturamento e inovações tecnológicas, o número de empresas foi diminuindo até chegar aos tempos de hoje. Para os que, como nós, trabalhamos em algumas delas, o seu desaparecimento traz um gosto amargo às lembranças.

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