Estudante da UFMG na NASA - Santa Tereza Tem
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Estudante da UFMG na NASA

O estudante da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), que integra a equipe da NASA, Mateus Oliveira é de Pará de Minas, a 82 quilômetros de Belo Horizonte. Ele veio para a capital em 2009 para cursar um intensivo de revisão para o vestibular. “Meus pais sempre me incentivaram a estudar, tudo o que conquistei até hoje foi com o apoio deles”, destaca. A aprovação, no entanto, não veio naquele ano. “Durante o ano seguinte, fiz um curso pré-vestibular e acabei aprovado em quatro universidades”, lembra Mateus, que se classificou também para as federais de Ouro Preto (Ufop), do ABC (UFABC) e para a Estadual Paulista (Unesp).

Na UFMG, Mateus integrou por dois anos o time de Aerodesign da Universidade. “Foi muito importante. Lá aprendi elaboração de projetos e construção de aeronaves radiocontroladas. Também pude aprimorar competências, como a capacidade de trabalhar em equipe e fazer apresentações técnicas em público”, avalia. Por meio do programa Ciência sem Fronteiras, Mateus conseguiu ingressar na Universidade de Saint Louis, que, segundo ele, mantém um dos melhores programas de engenharia aeroespacial dos Estados Unidos. “Tem sido uma experiência fantástica estudar aqui”, afirma.

Aprimoramento de manobras

Mateus Oliveira passou a integrar o Laboratório de Sistemas Espaciais em novembro de 2014, após cursar disciplina ministrada pelo diretor da equipe, o professor Michael Swartwout, doutor em Aeronáutica e Astronáutica pela Universidade de Stanford. “Como obtive notas altas, ele sugeriu que eu trabalhasse no laboratório”, conta ele, que, desde então, se incorporou ao grupo que desenvolve o projeto Rascal, composto de duas pequenas naves espaciais cujo objetivo é aprimorar tecnologias de operações de proximidade e percepção no espaço.

“Após o lançamento, uma nave vai sincronizar com a outra e, dessa forma, obteremos parâmetros de distância e velocidade que, posteriormente, serão processados e deverão contribuir para aprimorar manobras no espaço”, explica. Com isso, espera-se facilitar futuras missões espaciais e contribuir para manutenção da Estação Espacial Internacional. “Os satélites artificiais têm muitas funções, mas, no geral, são destinados a telecomunicações, como transmissão de sinais de rádio e TV e ligações telefônicas. Os satélites também são utilizados para estudar mudanças climáticas, mapear regiões e observar a Terra e o espaço”, complementa. No projeto, o estudante participa da construção, realização de testes e documentação.

Mateus retorna ao Brasil no segundo semestre. Daqui ele vai acompanhar o lançamento do projeto, previsto para 2016. “A Nasa seleciona os melhores projetos do país para serem lançados no espaço por meio de seu programa educacional de nanossatélites (ELaNa). O Rascal foi selecionado no ano passado e, desde então, vem sendo submetido a uma maratona de testes e a um extenso processo de documentação”, explica.

Sobre seu futuro, o estudante ainda não decidiu o que fazer. “No momento, estou focado no projeto e no meu retorno à UFMG no segundo semestre, para concluir o curso. Posso trabalhar na indústria ou seguir carreira acadêmica. Não gosto de criar expectativas, prefiro acreditar em oportunidades. Quando aparecem, tento aproveitá-las ao máximo, como tem sido essa experiência aqui em Saint Louis”, conclui.

Transcrito do Boletim da UFMG

 

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