Artigo: ainda agosto - Santa Tereza Tem
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Artigo: ainda agosto

Apesar de já ser  2 de agosto (cheguei agora de uma pequena viagem) , esta data não pode ser esquecida pois faz parte da história do mundo e do Brasil. Comecemos pelo mundo. Foi neste dia, mas no distante ano de 1572 que a então rainha regente da França ordenou que todos os huguenotes ( protestantes franceses) fossem mortos sumariamente, onde estivessem, num dos grandes genocídios religiosos da História.

No Brasil, o primeiro 24 de agosto histórico aconteceu em 1954. Espremido na parede pela oposição, o presidente Getúlio Vargas matou-se no Palácio do Catete, provocando uma comoção que poucas já se sucederam no Brasil. O segundo 24 de agosto foi em 1961. Por razões até hoje não totalmente explicadas, o presidente Jânio Quadros, ao que tudo indica querendo “ser retornado nos braços do povo”, renunciou a seu cargo, deixando o Brasil à beira da guerra civil, só evitada porque deu-se um “jeitinho” e, às pressas, o Congresso instituiu o parlamentarismo. E quem foi o primeiro chefe de governo parlamentarista? Tancredo de Almeida Neves, curiosamente um dos últimos a se encontrar com Getúlio antes do “tresloucado gesto” , como diziam os textos jornalísticos outrora. Será que este dia é azarado?

O padroeiro cristão da data é São Bartolomeu, sincretizado em algumas religiões afrobrasileiras como Oxumarê, o orixá do arco-iris, simbolizado como uma serpente e que, segundo alguns pesquisadores, é andrógino, sendo masculino um tempo do ano e feminino o outro. Em alguns grupos religiosos, talvez já como influência externa, no dia 24, os demônios estão soltos, havendo que se tomar cuidado por isso.

Deixando o dia 24, mas ficando em agosto, no dia 22, no ano de 1976, o Brasil viveu outro momento dramático, quando, em situação ainda controvertida até hoje, o ex-presidente JK morreu em acidente rodoviário na Via Dutra. No mundo, não podem ficar esquecidos os dias 6 e 9 de agosto, em 1945, quando bombas atômicas inauguraram o inferno nuclear sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki.

Há mais coisas ainda em agosto que, segundo a tradição, homenageia o imperador Augusto que exigiu que seu mês também tivesse 31 dias para não ficar atrás de julho (homenagem a Júlío Cesar). Quem sofreu mais na história, diz a lenda, foi fevereiro que perdeu mais um dia, ficando apenas com os 28 atuais.

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